Os alunos da 1.ª série receberam, no decorrer dos Encontros de Formação, visitas muito especiais.

O SOE, em parceria com o SOREP, ao desenvolver o Projeto de Orientação Profissional, convidou pais e mães para um animado bate-papo com a turma, a fim de trocar experiências e aprendizagens.

Os pais compareceram nas datas dos Encontros e participaram das dinâmicas e reflexões, de forma descontraída e tranquila.

As vivências da família, experiências no Ensino Médio, as angústias em relação às escolhas profissionais, as dificuldades e as conquistas… tudo interessou aos jovens presentes.

O momento de partilha e de vivência conjunta, segundo a orientadora Educacional Fernanda Lange, é fundamental para uma relação de cumplicidade e de respeito e segurança. Isso reforça a participação dos pais na vida escolar dos filhos e fortalece os laços afetivos entre eles. Os adolescentes podem perceber que as angústias e incertezas que vivem também já assolaram seus pais. Os adolescentes, segundo Fernanda, precisam se beneficiar com essa parceria, e a escola se fortalece com a presença dos pais. Sinésio Fernandes, orientador religioso das turmas de 1.ª série e coorganizador do evento sustenta que ninguém melhor que os pais e mães para deixarem relatos tão especiais aos filhos!

Abaixo, está o relato de Luciana Helena, mãe do aluno Alexandre Müller Jr., da 1ª série G.

1ª série G

“Olá, Fernanda,

Primeiramente, gostaria de agradecer a oportunidade – foi muito bom poder estar em sala com os amigos do Alexandre, falando um pouquinho sobre como foi essa época e sobre como foi minha escolha profissional, até para mostrar que as angústias deles na escola não são tão diferentes das minhas e de outros pais na mesma idade.

Sei que estou longe do padrão “escolheu uma profissão e foi feliz para sempre”, mas acho que minha experiência foi válida, principalmente para que eles percebam que a famigerada escolha do vestibular é importante, sim, mas não precisa ser definitiva. Hoje em dia, é muito mais tranquilo lidar com a mudança de profissão do que foi quando eu tinha 18 anos, até porque nossas vidas são muito longas para vivermos apenas uma experiência profissional, por mais gratificante que ela seja.

Costumo dizer para o Ale que houve uma época em que as pessoas eram várias coisas ao mesmo tempo (como Leonardo da Vinci, por exemplo), depois passamos pelo período da especialização extrema e, hoje, cada vez mais, as pessoas têm múltiplos interesses. Tudo o que aprendi, todas as carreiras pelas quais passei deixaram marcas no que eu sou e influenciaram minha forma de exercer as outras. Hoje, sou uma policial que também é educadora, que entende de urbanismo e decoração, e por aí vai… A próxima empreitada será a fotografia, e sabe-se lá quantas mais. Como eu contei, especializei-me em Direito Urbanístico – embora não tenha terminado a faculdade de Arquitetura – e agora faço Orientação e Supervisão Escolar, embora trabalhe na Diretoria de Pessoal…

Já o pai do Alexandre é um exemplo de especialização: formou-se Engenheiro Civil aos 21, depois fez Mestrado em Engenharia de Materiais aos 23, terminou o doutorado em Engenharia Mecânica aos 27 e, até hoje, trabalha especificamente com isso, lecionando na área. Existe espaço para paixões profissionais específicas, como a dele, e para gente como eu, que nunca conseguiu se acomodar sob o rótulo de uma única especialidade. A única condição essencial é a paixão por aquilo que se faz, que é o que nos move a querer alcançar coisas que, para outros, podem parecer impossíveis.

Enfim, parabenizo pela iniciativa. Estou sempre à disposição. Se precisar de qualquer coisa, é só me chamar.

Um grande abraço,

Luciana Helena”