O dia não poderia ser melhor: 15 de novembro, Proclamação da República. Naquele feriado nacional de 1965, vinha ao mundo o apaixonado professor de História, José Francisco Albino. Com apenas 13 anos, o adolescente já encontrava na Biblioteca Pública de Florianópolis um dos lugares que mais lhe davam prazer. Tinha fascínio pelos jornais das décadas de 30, 40 e 50, passava horas a folhear as páginas e observar as notícias e as propagandas do passado… Mergulhar na história de Florianópolis, a musa de milhares de turistas do Brasil e do exterior, era o lazer preferido de José Francisco, que apreciava o passado dos enlaces políticos e sociais vividos pelos florianopolitanos, herdeiros da cultura de colonização açoriana.
Mais tarde, o jovem ilhéu não teve dúvidas na hora de escolher a profissão: a vocação havia falado mais alto, e o curso de História já fazia parte dos seus planos de vida. O tempo de faculdade, cursada na UFSC, teve início em 1991. Em 1999, foi a vez do mestrado em História Cultural. Os anos passaram rápido, a paixão pela História só aumentava, e a carreira de professor se tornava sempre mais o caminho para a realização.
Casado, pai de dois filhos, o professor Zé já realizou alguns sonhos como historiador, além do trabalho em sala de aula. A viagem para Berlim, onde passou 18 dias, é um dos exemplos. “Para um historiador, conhecer alguns países da Europa é como assistir ao vivo o que aprendemos nos livros”. O sonho, agora, é poder viajar ainda mais, para aprofundar experiências e conhecimentos: Portugal, Espanha, Itália e França já estão no roteiro. Enquanto caminha com esse planejamento, Zé Francisco não deixa de lado outra paixão: o futebol. Continua assíduo aos jogos no Ginásio Orlando Scarpelli, desde a juventude. “Futebol é a minha terapia. No estádio, converso sobre política, economia e religião. Viro até o técnico do jogo”, brinca o professor-torcedor, fanático pelo Figueirense.