O Colégio Catarinense e a Junior Achievement promovem, anualmente, uma parceria que proporciona troca de experiências e o desenvolvimento de lideranças, através de vivências práticas na administração de uma miniempresa.

A Junior Achievement é a maior e mais antiga organização de educação prática em economia e negócios, envolvendo mais de nove milhões de jovens por ano em 123 países. Presente em Santa Catarina desde 1997, já beneficiou mais de 180 mil jovens no estado, através do envolvimento de 90 empresas e quatro mil voluntários.

Através do método “aprender fazendo”, alunos da 2ª série do Ensino Médio desenvolvem um produto a ser comercializado. Para isso, levantam o capital necessário com acionistas, para iniciar o empreendimento, organizam a administração e ainda elegem o corpo administrativo, Presidente e Diretores. A partir daí, adquirem matérias-primas, pagam salários e comissões, recolhem encargos e impostos e lançam o produto. A empresa encerra com o resultado financeiro dividido entre os acionistas, e os encargos e impostos são doados a uma instituição beneficente, à escolha da miniempresa.

Na edição de 2013, os alunos do CC desenvolveram um produto inovador, que foi agraciado com o “Prêmio Produto Sustentável”.

            

Os alunos do Colégio construíram um amplificador sonoro (caixa de som) para smartphone feito de bambu.

Segundo a Presidente da miniempresa, Olga Cassol, aluna da 2ª série B, a procura foi muito boa. “Nós poderíamos ter vendido mais, porém, o bambu vinha de um produtor que mora na Lagoa da Conceição e ficou difícil buscá-lo no local”.

“O maior desafio, além de encontrar matéria-prima – pois não podíamos sair cortando bambus que não fossem de reflorestamento – foi trabalhar com equipamento para lixar, colar, furar, envernizar o produto.”O produto foi comercializado a 30 reais. Esse preço se justifica pelo excesso de detalhes na produção. “Ele tinha de ser furado com furadeira e lixado, para permitir o encaixe perfeito do smartphone, tudo muito preciso. Nós nos inspiramos num amplificador de madeira cortado a laser. Essa ideia foi trazida por nossa diretora-financeira”, relata Olga.

A miniempresa contou com a participação de 30 funcionários e para definir os papéis a escolha é democrática. Para presidente, houve votação entre dois alunos que se colocaram à disposição.

As ações foram estipuladas em 20 reais, e cada membro da equipe teve de vender três ações. Com esse valor, a empresa se capitalizou e pôde comprar material.

A aceitação do produto junto ao público foi muito boa. As pessoas elogiaram muito. Isso contribuiu para que a equipe de alunos encerrasse o projeto com um sentimento de dever cumprido.

Numa avaliação final, pontos positivos e negativos se somaram às vivências da turma: positivo foi cuidar de tudo, aprender com todo mundo, ajudar, resolver os assuntos; já a parte ruim é insistir para que todos se organizem, mantenham o ritmo e administrem a pressão. Vivíamos pedindo para que a galera tivesse mais foco, que deixasse o celular de lado, e fazer isso com amigos é muito difícil, conclui Olga.