Anualmente, o projeto “Anhatomirim e Ratones” é realizado com todas as turmas de 9º ano do Colégio Catarinense. A atividade prevê, além da visita às ilhas de Anhatomirim e Ratones, um trabalho multidisciplinar em que os alunos são divididos em células de estudo. Caracterizadas pela existência de muitas lendas e peculiaridades, as ilhas se destacam pela reluzente marca histórica e encantadora arquitetura.

             

Na edição de 2013, as ilhas foram exploradas de forma diferente. Na primeira proposta, conduzida pelo professor de Filosofia Pedro Lucino da Silva, abordou-se o projeto sob uma perspectiva interdisciplinar. A disciplina de Ciências abordou o impacto da ação humana na baía; a Física auxiliou os alunos a calcularem questões mais específicas à navegação, como a velocidade do barco e a profundidade da baía; a Química destacou os produtos usados para manter as paredes do barco intactas. Na disciplina de Artes, foi dado destaque às construções e à arquitetura do lugar. A disciplina de História, juntamente com Produção Textual, contribuiu para a elaboração de relatos sobre fatos importantes vivenciados em Anhatomirim e, em Geografia, os alunos puderam estudar os conceitos de mata, baía e enseadas. “Os alunos, além de estudarem profundamente os temas, convivem e interagem com os membros da tripulação e com todos os colegas de classe. Esse projeto enriquece todos os envolvidos na atividade, sob diversos aspectos”, revela o professor de filosofia, e acompanhante da turma, Pedro Lucino da Silva.

            

A professora Michela Ribeiro Espíndola, da disciplina de Português, desafiou os alunos a se tornarem repórteres por um dia com o objetivo de registrar e produzir um documentário sobre os ambientes visitados. “A postura adotada deveria ser a do olhar de um imigrante que visita, pela primeira vez, terras desconhecidas, o que acabou resultando em um trabalho de jovens cheios de vontade de fazer diferente. Os vídeos ficaram muito criativos”.

           

O grupo do 9ºA, que estava desenvolvendo o Jornal do Conhecimento, admitiu ter gostado bastante do trabalho, “aprendemos não de uma forma teórica, e sim de um modo prático”, afirmaram.

 O trabalho, segundo a professora, demonstrou a habilidade que essa nova geração possui com as mídias digitais. De acordo com ela, “os documentários apenas reforçaram que a escola é mais um caminho para o saber, e que, a partir dela, o conhecimento se torna legítimo e significativo”.