Entre os dias 26 e 28 de setembro, 17 estudantes do Colégio Catarinense participaram da experiência Ação MAGIS, proposta que integra espiritualidade, reflexão e serviço aos demais. A atividade teve como eixo a cultura do cuidado – consigo mesmos e com o próximo – a partir da aproximação com a realidade do Instituto Kairós, entidade filantrópica de Biguaçu que atua na prevenção, recuperação e estudos em dependência química.
A programação teve início na sexta-feira, com uma roda de conversa conduzida pelo Pe. Luiz Prim, diretor do Instituto Kairós. Inspirados pelo Evangelho de Lucas 10,25-37, os estudantes refletiram sobre a pergunta central: "quem é o meu próximo?". O momento foi marcado pela escuta e pela troca de experiências.
No sábado, dia 27, os alunos passaram o dia no Instituto Kairós. Pela manhã, participaram de um momento de espiritualidade e, em seguida, foram organizados em equipes para o serviço voluntário. Durante a tarde, vivenciaram um encontro de partilha com pessoas atendidas pela instituição, aprofundando temas como projeto de vida, cuidado com a saúde mental e prevenção ao uso de álcool e outras drogas. Ao retornarem ao Colégio, os jovens encerraram o dia com o Círculo MAGIS, espaço de partilha sobre a experiência vivida.
O domingo foi dedicado ao encerramento da atividade, com a participação dos estudantes na missa dominical. O momento simbolizou a conclusão da experiência e reforçou o compromisso de levar para a vida cotidiana os aprendizados construídos na Ação MAGIS.
Uma experiência inesquecível
A partir do Magis inaciano, cada jovem viveu esses dias de forma única. Dos depoimentos, emergem diferentes olhares sobre o que significou estar em comunidade e servir aos outros.
Para Isabela Hilda Rodrigues Agostinho, 17 anos, da 3ª série C, um dos momentos mais marcantes foi o de convivência com os atendidos do Instituto Kairós. "Escutamos conselhos para levarmos para a vida e os relatos que os levaram até onde estão agora. Também foi muito especial quando, à noite, rezamos na capela com velas, música e partilha. Para mim, foi um momento de muita gratidão, reflexão e presença", contou. Ela acrescenta que leva consigo "uma nova visão de mundo sobre decisões, relacionamentos, maturidade e empatia".
Já a aluna Jade Kamilah Ponsi, 16 anos, da 2ª série C, destacou a celebração vivida na capela com as pessoas do Instituto: "o momento de que mais gostei foi quando estávamos na capela, conversando com os residentes, pelo jeito da celebração e pelas músicas cantadas". Para o futuro, ela guarda um conselho recebido: "não desperdiçarmos a nossa vida por um momento de êxtase".
Para Giovani Araújo Paiva, 15 anos, da 1ª série C, a vivência foi marcada pelas histórias e pela escuta atenta. "As atividades e partilhas no Recanto Silvestre foram muito significativas. A história das pessoas, a vivência com elas e os sentimentos ficarão comigo", disse.
Na avaliação de Manuella Foguesatto Bohn, 16 anos, da 2ª série C, o valor da experiência esteve também no acolhimento e no sentimento de pertença. "O que mais gostei do fim de semana foi compartilhar momentos com meus amigos e, principalmente, ter me sentido acolhida, além de saber que ajudei, mesmo que minimamente, os residentes do Recanto Silvestre", afirmou. Ela acrescenta: "o que vou levar para a vida é o sentimento de ter sido acolhida pelos demais e a certeza de que posso ser mais com os outros".