Representantes da comunidade educativa do Colégio Catarinense participaram, na noite dessa segunda-feira (17), da sessão especial alusiva à Campanha da Fraternidade – 2014 na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. A campanha, proposta pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), tem, como tema, “Fraternidade e Tráfico Humano” e, como lema, “É para liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5,1).

O deputado estadual Padre Pedro Baldissera, autor da proposta, destacou a Campanha da Fraternidade como tempo de reflexão que busca promover a transformação dos problemas que afligem a vida das pessoas. “É a Igreja viva e atuante. Neste ano, encaramos a dura realidade da escravidão do homem pelo homem. Que mundo é este que estamos construindo? Está doente a sociedade baseada no lucro. Precisamos semear a solidariedade. Nada mais vivo que lutarmos pela promoção da vida”, destacou o deputado.

Elenilde Alves da Silva, mãe de desaparecido, teve seu filho levado aos quatro anos de idade. “Continuo em busca de respostas desde aquele dia. Mesmo que seja uma trajetória solitária, ao longo dos anos, mantenho a esperança de um dia encontrá-lo com vida, e então, as minhas lágrimas serão apenas de alegria”, partilhou Elenilde, membro do Grupo de Apoio aos Familiares Desaparecidos.

          

Dom Wilson Tadeu Jönck, arcebispo de Florianópolis, foi homenageado em nome da CNBB, e alertou para as dimensões do tráfico humano que a Igreja Católica denuncia nessa campanha: o da escravidão para a exploração sexual, com objetivo de comercializar órgãos e crianças. “A Campanha da Fraternidade encontra a mobilização social de luta contra o tráfico humano. A Igreja vem denunciar esse crime e dizer que é contra todas as práticas que ferem a dignidade humana”.

A comunidade educativa do Colégio Catarinense participou de formação sobre a Campanha da Fraternidade de 2014 e trabalha o seu tema com os alunos nos encontros de Formação Humana e Cristã. O diretor-geral, professor Afonso Silva, destaca a campanha como manifestação de evangelização libertadora, que provoca, nos Cristãos, a renovação da vida da Igreja e da nossa participação ativa pela transformação da sociedade, a partir de problemas específicos, tratados à luz do Projeto de Deus. “Enquanto Colégio confecional, mantido pelo Companhia de Jesus, queremos assumir nossa missão profética e evangelizadora, em sintonia com a Igreja e respondendo com clareza e eficácia aos desafios e às injustiças que ferem a dignidade das pessoas. Somente o fato de trabalharmos com a educação, já estamos inseridos nessa dimensão de conscientizarmos nossos alunos sobre a dignidade e os direitos do ser humano”.