Missão Cumprida
Carlos Magno Nunes
Competência, dedicação, trabalho e responsabilidade: a trajetória de sucesso de um desbravador que deixa seu legado e parte para novas conquistas.
O trabalho que desenvolvi no Catarinense ficou para a memória do Colégio, e o Colégio ficou no meu coração”. Foi com essas palavras que Carlos Magno Nunes, assistente social do CC durante 17 anos, despediu-se dos colegas de trabalho, no último mês de março. Com sentimento de dever cumprido, agora ele parte para outros projetos, mas antes fez questão de relembrar, com carinho, a bela história de trabalho e dedicação durante quase duas décadas.
A satisfação vem do trabalho sério, desenvolvido a partir de valores éticos e cristãos, e também dos projetos implantados em parceria com outras escolas pelo País. “Sinto-me gratificado por contribuir para um processo de qualificação na área de serviço social. Sempre prezei pela melhor qualidade técnica possível. O Catarinense é um colégio comprometido com a formação integral do aluno. Por isso, o trabalho do assistente social deve ser muito consciente”, diz Carlos. Ele conta que os processos em colégios evoluíram muito na área de serviço social nos últimos anos e registra, com orgulho, a participação na elaboração do primeiro Plano de Ações Assistenciais da Rede Jesuíta, no Sul do País, em 2001.
A trajetória de Carlos na área de serviço social é de grandes conquistas e legados. Com especializações e mestrado na área, logo depois de formado (1980), participou de projetos em movimentos sociais e em empresas privadas. Foi Presidente do Conselho Estadual de Serviço Social do Rio Grande do Sul (entre 1997 e 1990) e 1º Tesoureiro do Conselho Federal de Assistentes Sociais ( 1990 a 1993). Neste período, participou da elaboração do Código de Ética da Profissão. Atuou também como professor da UNISINOS e da Universidade Federal de Santa Catarina. De 2001 a 2010, trabalhou no Colégio Catarinense, na seleção de alunos para o então Ensino Médio Noturno. Mais tarde, passou a contribuir com a qualificação coletiva de processos, a partir das ideias e parcerias com outros colégios, seguindo uma linha de excelência. “Hoje, o atendimento foi ampliado. O trabalho do serviço social se estende até o pedagógico, aos professores e funcionários. Há uma relação entre eles. A caminhada ainda é muito longa, mas os caminhos foram abertos. Temos os instrumentais de trabalho, as rotinas definidas e organizadas”, afirma ele, satisfeito.
Ao citar os colegas de trabalho que passaram pelo Serviço Social do CC, Carlos elogia o comprometimento de todos com a área social e destaca a parceria da assistente social Natália dos Santos Kranz, funcionária do CC que, agora, passa a dar continuidade aos projetos e ações. “Estou tranquilo com a sucessão. O Colégio está em um rumo seguro, e o que comecei será melhorado”, diz Carlos, emocionado e feliz com a decisão de concluir mais uma etapa da vida profissional. Grato pela educação dos filhos, que estudaram no CC, ele complementa dizendo que “fica uma lembrança muito boa” de todos esses anos de trabalho e parceria.
Na vida pessoal, Carlos agora quer dar continuidade aos jogos de futebol e aos churrascos com os amigos: “Tenho muitas amizades. Acredito que o fortalecimento das relações é o que me traz mais sanidade. Gosto muito de servir, de demostrar meu afeto… estou sempre procurando fazer algo pelos amigos. Amar e servir, tento levar minha vida assim…”.
ESCOLHAS E DESCOBERTAS…
Professora Berenice Damerau Ouriques
Escolhas e descobertas…
Desde a infância gostava de brincar de escolinha, mas a escolha pelo curso de Letras surgiu de repente, como uma dessas boas surpresas da vida, durante uma conversa informal com um dos professores do colégio, ainda na adolescência. Três décadas depois, a professora Berenice Damerau Ouriques se diz orgulhosa pelo caminho escolhido: “ser professor é participar da formação de uma pessoa, é estar aberto às descobertas, aos desafios da educação do século XXI”, afirma, emocionada pelo trabalho já desenvolvido com centenas de crianças e jovens ao longo desta bonita trajetória em pelo menos três colégios da Capital.
No Colégio Catarinense, ela leciona há 31 anos, mas a relação afetiva com o CC surgiu bem antes disso, desde os tempos de aluna, quando a escadaria nos fundos da igreja era o refúgio para refletir sobre os sonhos de uma vida… “Até hoje encontro minha turma de colégio, e, juntos, relembramos os bons momentos vividos no CC”, diz Berenice, satisfeita com o forte vínculo perpetuado ao longo do tempo.
Mas a afetividade com o Colégio Catarinense não para por aí. Os filhos de Berenice, Felipe e Renata, também estudaram no CC. Ele, dentista, e ela, estudante de Medicina, têm suas histórias registradas no Catarinense, onde participaram do dia a dia da mãe como professora. “O Colégio sempre foi uma extensão da minha casa, por isso, as recordações são recheadas de muito carinho”, diz a querida professora “Berê”.
Filha de médico, o já falecido e tão estimado Dr. Ernesto Francisco Damerau, Berenice sempre teve o apoio da família para trabalhar na profissão que escolheu. Depois do Ensino Médio, ela ainda cursou Magistério e fez Especialização em Currículo e Prática Educativa. Sempre à procura do novo, a professora explica que a profissão exige constante atualização e lembra que é preciso criar mecanismos para conquistar o aluno em sala de aula, especialmente diante dos desafios da norma-padrão da Língua Portuguesa: “precisamos mostrar as diferenças da linguagem falada e da linguagem culta, trabalhar com o lúdico e complementar com o verbal, incentivando a leitura, é claro”, afirma a professora, sempre empolgada com a arte de lecionar e as novas possibilidades que se abrem com a evolução dos conceitos.
EM TUDO AMAR E SERVIR!
PE. LUÍS INÁCIO STADELMANN
EM TUDO AMAR E SERVIR!
Há mais de seis décadas compartilhando conhecimento, sabedoria e otimismo.
Quem conhece o Padre Luís Inácio Stadelmann não tem dúvidas de que a frase “Em tudo amar e servir”, de autoria de Santo Inácio de Loyola, foi sua grande inspiração. Há mais de seis décadas, esse querido jesuíta segue sua linda vocação, compartilhando conhecimento, sabedoria e otimismo.
Quando um imenso navio, trazendo imigrantes da Europa, aportou em terras brasileiras, trouxe consigo uma família de suíços, ávida por aprender e ensinar em um país desconhecido, fascinada pela possibilidade de recomeçar. Anos depois, em busca desse recomeço, o jovem Luís deixou os pais e os irmãos para estudar no Colégio Jesuíta Santo Inácio, em Salvador do Sul, no Rio Grande do Sul, local onde descobriu sua vocação. As cartas para os pais, que ficaram em São Paulo, deixavam clara a escolha do jovem, que encontrou no sacerdócio o caminho para praticar a cultura cristã.
Desde o noviciado, Padre Luís sempre acreditou que o conhecimento poderia ajudar o mundo, em especial a juventude, a trilhar caminhos relevantes e vencer obstáculos. Por isso, dedicou boa parte de sua vida aos estudos e à Literatura. Autor de 12 livros e inúmeros artigos sobre Teologia e Ciência Bíblica, Pe. Luís estudou Letras Clássicas e Filosofia no Brasil. Posteriormente, formou-se em Letras Semíticas e Teologia, e então doutorou-se nos Estados Unidos, onde foi ordenado Padre. Seu retorno ao Brasil, após 12 anos de estudo e dedicação, foi motivado pelo desejo de partilhar conhecimento. E assim o fez: lecionou durante 18 anos na Faculdade Jesuíta de Teologia, em Belo Horizonte, conduzindo jovens estudantes ao caminho do crescimento intelectual e espiritual. Posteriormente, lecionou na Faculdade Católica de Florianópolis, onde foi declarado professor emérito.
“Como professor, sempre valorizei a escuta”, diz Padre Luís Inácio. “Assim somos mais úteis à sociedade, porque captamos as necessidades e vamos em busca das soluções para os problemas e as questões da vida”, explica o professor, que ainda hoje, aos 82 anos, escreve artigos para diversos países, instigando a pesquisa e atualizando temas na área de Teologia. “É preciso falar o que ainda não foi dito, a partir dos desafios que surgem, abrindo novas perspectivas”, complementa. Segundo ele, esta é uma das missões dos jesuítas: estar sempre na linha de frente, ser um colaborador na formação dos jovens e manter-se atento às descobertas e transformações do mundo.
Ao relembrar sua trajetória no sacerdócio e na vida acadêmica, Padre Luís sente-se orgulhoso pela oportunidade de colaborar com o crescimento do outro e fala, agradecido, do sacrifício de toda a sua família, para que ele seguisse sua vocação. “Naquela época, os pais precisavam de um retorno financeiro dos filhos, e eu não pude colaborar, porque segui minha vocação”, diz. Ele também relembra com carinho a história de vida do irmão caçula, Francisco Stadelmann, também padre jesuíta, já falecido: “meu irmão seguiu meus passos, ensinei-lhe o caminho, e ele trilhou-o com muita competência e dedicação”, relata, emocionado e satisfeito pela contribuição e o legado que sua bela família de imigrantes europeus deixou no Brasil.
DETERMINAÇÃO, OUSADIA, TRABALHO E MUITA HISTÓRIA PARA CONTAR…
Professor Elton Frias Zanoni
Determinação, ousadia, trabalho e muita história para contar…
A trajetória de um professor que foi além da sala de aula
–
A simpática cidade de Salto, a apenas 100 quilômetros da gigante São Paulo, foi a primeira musa inspiradora de um apaixonado e determinado professor de História, que transformou desafios em oportunidades e conseguiu resgatar, ou melhor, conseguiu fazer história onde ninguém mais enxergava memória, muito menos vida. Com a intensidade da força das águas do Rio Tietê, que corta a cidade de Salto, e a firmeza das rochas magmáticas que formam a paisagem local, o professor Elton Frias Zanoni, o novo diretor acadêmico do Colégio Catarinense, sempre acreditou na fortaleza que compõe a cultura do saber e batalhou, desde a adolescência, para oxigenar projetos e ações voltadas à valorização do conhecimento e à reflexão.
O projeto Memorial do Rio Tietê, a revitalização do museu da cidade, a recuperação do espaço público do entorno da cachoeira que dá nome à sua Terra Natal e até de um antigo cemitério são alguns exemplos de trabalhos realizados no início da carreira e que já deixaram legados para as próximas gerações. Como não poderiam deixar de ser, os projetos na inspiradora cidade da infância foram o pontapé inicial para uma produção que não para de crescer.

1990
Filho de pai metalúrgico, bisneto de italianos, Elton nasceu e cresceu em Salto, assim como toda sua família. A dedicação à cidade sempre existiu, desde os tempos de escola, do antigo Coleginho, o Externato Sagrada Família. Trabalhos escolares instigavam a curiosidade pela memória local, mas os caminhos trilhados pelo aluno dedicado acabaram desviando sua vocação, e Elton foi cursar Engenharia Civil. Aprovado nos três vestibulares para o curso, em diferentes faculdades, escolheu a USP, aos 18 anos de idade. Na bagagem, novos sonhos e planos para o futuro, mas com a certeza da existência de laços indestrutíveis na cidade onde nasceu. A certeza também de que ainda havia muito por fazer para ampliar as visões de mundo, para instigar reflexões e ações…

Externato Sagrada Família
Foi essa inquietação que fez o estudante de Engenharia desistir da profissão dois anos depois de seu ingresso na universidade para mergulhar de vez em um novo curso, agora sim, o de História. “Quando comecei o curso de História na UNICAMP, percebi que estava em casa, aí comecei a desenvolver um projeto atrás do outro, não parei mais”, diz Elton, orgulhoso pela coragem de mudar e pela certeza de ter optado por um caminho apaixonante. Dos projetos da faculdade aos ousados trabalhos de recuperação de espaços e circuitos de memórias na região paulista, e como professor em diferentes colégios por onde passou, construiu-se uma bela história de dedicação e comprometimento para contar. Contudo, a educação – sempre vista como espaço privilegiado para o trabalho – foi a experiência que mais o marcou: a realização, a satisfação pessoal e profissional.
A partir da frase que sempre tem em mente, “o maior desafio é não fazer mais do mesmo”, Elton elegeu Florianópolis para morar depois de um passeio com a esposa, Carolina, há seis anos. Desde então, seu foco é exclusivo na educação, tanto que neste ano concluiu o Mestrado em História, na UDESC. Mas claro que a saudável inquietude permanece! Aos 35 anos de idade, à frente da nova Direção Acadêmica do Catarinense, os planos do professor Elton são inspiradores e vêm sendo construídos pouco a pouco, a partir da interação com os colegas e com a comunidade educativa.
O convite para assumir o cargo de diretor acadêmico surgiu após os quatro anos de trabalho como professor e outros dois como orientador pedagógico do Colégio: “Fiquei muito feliz com o convite, foi no Catarinense que me completei como professor”, diz Elton, empolgado com as possibilidades de trabalho na nova função. “Nada tem mais permanência na vida do que a educação. É o bem maior que se pode proporcionar a alguém… Por isso, a importância de saborearmos o cotidiano escolar e o encararmos sempre como uma oportunidade única de edificarmos um projeto de excelência, colocando o aluno no centro, tornando-o capaz – de algum modo – de transformar o mundo”, conclui o novo diretor.
Pai de Leonardo, de apenas quatro anos, Elton conclui o pensamento dizendo o que deseja para o único filho e para os alunos para os quais leciona diariamente: “Que meu filho e meus alunos sejam sempre livres em suas escolhas e reflexões. Que estejam sempre em busca de novos desafios, sob a luz do conhecimento, da fé e da justiça social”, diz, emocionado, com uma sensação comum àqueles que cultivam a fascinante experiência de promover o aprendizado…

Lançamento do PEC em São Leopoldo-RS em 2016

Aniversário de 2015 em sala de aula

1990
Filho de pai metalúrgico, bisneto de italianos, Elton nasceu e cresceu em Salto, assim como toda sua família. A dedicação à cidade sempre existiu, desde os tempos de escola, do antigo Coleginho, o Externato Sagrada Família. Trabalhos escolares instigavam a curiosidade pela memória local, mas os caminhos trilhados pelo aluno dedicado acabaram desviando sua vocação, e Elton foi cursar Engenharia Civil. Aprovado nos três vestibulares para o curso, em diferentes faculdades, escolheu a USP, aos 18 anos de idade. Na bagagem, novos sonhos e planos para o futuro, mas com a certeza da existência de laços indestrutíveis na cidade onde nasceu. A certeza também de que ainda havia muito por fazer para ampliar as visões de mundo, para instigar reflexões e ações…

Externato Sagrada Família
Foi essa inquietação que fez o estudante de Engenharia desistir da profissão dois anos depois de seu ingresso na universidade para mergulhar de vez em um novo curso, agora sim, o de História. “Quando comecei o curso de História na UNICAMP, percebi que estava em casa, aí comecei a desenvolver um projeto atrás do outro, não parei mais”, diz Elton, orgulhoso pela coragem de mudar e pela certeza de ter optado por um caminho apaixonante. Dos projetos da faculdade aos ousados trabalhos de recuperação de espaços e circuitos de memórias na região paulista, e como professor em diferentes colégios por onde passou, construiu-se uma bela história de dedicação e comprometimento para contar. Contudo, a educação – sempre vista como espaço privilegiado para o trabalho – foi a experiência que mais o marcou: a realização, a satisfação pessoal e profissional.
A partir da frase que sempre tem em mente, “o maior desafio é não fazer mais do mesmo”, Elton elegeu Florianópolis para morar depois de um passeio com a esposa, Carolina, há seis anos. Desde então, seu foco é exclusivo na educação, tanto que neste ano concluiu o Mestrado em História, na UDESC. Mas claro que a saudável inquietude permanece! Aos 35 anos de idade, à frente da nova Direção Acadêmica do Catarinense, os planos do professor Elton são inspiradores e vêm sendo construídos pouco a pouco, a partir da interação com os colegas e com a comunidade educativa.
O convite para assumir o cargo de diretor acadêmico surgiu após os quatro anos de trabalho como professor e outros dois como orientador pedagógico do Colégio: “Fiquei muito feliz com o convite, foi no Catarinense que me completei como professor”, diz Elton, empolgado com as possibilidades de trabalho na nova função. “Nada tem mais permanência na vida do que a educação. É o bem maior que se pode proporcionar a alguém… Por isso, a importância de saborearmos o cotidiano escolar e o encararmos sempre como uma oportunidade única de edificarmos um projeto de excelência, colocando o aluno no centro, tornando-o capaz – de algum modo – de transformar o mundo”, conclui o novo diretor.
Pai de Leonardo, de apenas quatro anos, Elton conclui o pensamento dizendo o que deseja para o único filho e para os alunos para os quais leciona diariamente: “Que meu filho e meus alunos sejam sempre livres em suas escolhas e reflexões. Que estejam sempre em busca de novos desafios, sob a luz do conhecimento, da fé e da justiça social”, diz, emocionado, com uma sensação comum àqueles que cultivam a fascinante experiência de promover o aprendizado…

Lançamento do PEC em São Leopoldo-RS em 2016

Aniversário de 2015 em sala de aula
Cláudio Luiz Napoleão: Um homem de bem que encontrou na simplicidade a fórmula da felicidade.
P
ara quem ainda não conhece, Cláudio Luiz Napoleão parece um sujeito sério, tímido, de voz embargada… Mas basta conversar durante alguns minutos para descobrir o Claudinho falante, de bem com a vida, querido pelos amigos e pelas crianças da Unidade de Ensino I, que encontrou na simplicidade a fórmula da felicidade.
Claudinho, como é chamado carinhosamente no ambiente de trabalho, está no Colégio Catarinense há sete anos e não se esquece de lembrar a todo instante a importância dos colegas de trabalho na sua rotina diária. “Eu convivo mais com as pessoas daqui do Colégio do que com a minha própria família”, confessa Claudinho, que conta com orgulho a parceria com o pessoal dos Serviços Gerais. “Enquanto eu varro, outro lava, recolhe o lixo, e a gente já termina”, explica, satisfeito, o filho da Dona Jecia, que nasceu de sete meses e tem um carinho especial pela mãe, tanto que mora com ela até hoje. Como bom filho que é, acompanha Dona Jecia nas idas ao Coral da Catedral de Florianópolis e também na torcida pela escola de samba do coração, a Protegidos da Princesa. 
Manezinho da Ilha, caseiro, Claudinho confessa que gosta mesmo de sair de casa para assistir ao jogo do Figueirense, o time do coração. Depois que adquiriu a carteirinha de sócio, ele não perde uma partida no campo. Quando não dá para ir, o radinho de pilha o acompanha o tempo todo… “Eu não perco os jogos e acompanho os jogadores. A paixão já vem da época do meu pai, torcedor fanático do Figueirense. Eu puxei a ele… É o Figueirense e o Vasco, não tem como não gostar!”, diz, apaixonado…
No Colégio Catarinense, Claudinho trabalha nos Serviços Gerais, na Unidade de Ensino I, e tem funções que vão da limpeza do pátio, depois do recreio das crianças, até a lavação de carteiras e da grama sintética. “Eu já estou bem acostumado com a rotina do meu trabalho”, diz ele. “Gosto muito do que eu faço e de todos aqui. Estou bem acostumado com as crianças, tenho sobrinhos gêmeos que estão sempre lá em casa…”, explica Claudinho, que exibe com carinho a foto dos sobrinhos. Solteiro, com 50 anos completos, Cláudio Napoleão estampa no olhar o carisma que o acompanha no dia a dia. Na bagagem, ele traz a alegria do homem de bem, que encontra nos amigos e na família o segredo do bem viver…
José Francisco Albino: Um mergulho na história
O dia não poderia ser melhor: 15 de novembro, Proclamação da República. Naquele feriado nacional de 1965, vinha ao mundo o apaixonado professor de História, José Francisco Albino. Com apenas 13 anos, o adolescente já encontrava na Biblioteca Pública de Florianópolis um dos lugares que mais lhe davam prazer. Tinha fascínio pelos jornais das décadas de 30, 40 e 50, passava horas a folhear as páginas e observar as notícias e as propagandas do passado… Mergulhar na história de Florianópolis, a musa de milhares de turistas do Brasil e do exterior, era o lazer preferido de José Francisco, que apreciava o passado dos enlaces políticos e sociais vividos pelos florianopolitanos, herdeiros da cultura de colonização açoriana.
Passear pelas ruas da antiga Desterro, visitar o Mercado Público, fazer lanche na “Gruta de Fátima”, antiga lanchonete ao lado da Catedral, e atravessar a ponte Hercílio Luz a pé, para chegar até o bairro Estreito, faziam parte do roteiro semanal de José Francisco, assumidamente manezinho, que, sem dinheiro para pagar o ônibus (já que havia gastado tudo na Gruta de Fátima, onde havia coxinhas irresistíveis), aproveitava para apreciar o mar, a paisagem, a formação da cidade ao longo dos anos…
Mais tarde, o jovem ilhéu não teve dúvidas na hora de escolher a profissão: a vocação havia falado mais alto, e o curso de História já fazia parte dos seus planos de vida. O tempo de faculdade, cursada na UFSC, teve início em 1991. Em 1999, foi a vez do mestrado em História Cultural. Os anos passaram rápido, a paixão pela História só aumentava, e a carreira de professor se tornava sempre mais o caminho para a realização.
“Ser professor é uma felicidade muito grande, poder compartilhar a aprendizagem e o conhecimento com os alunos me transforma em alguém muito feliz e realizado”, diz o professor José Francisco, que exerce a função há 21 anos, 7 deles no Colégio Catarinense. O “Zé”, como é chamado carinhosamente pelos alunos, não se reconhece em outra profissão e canaliza todo o conhecimento que adquire nos estudos e leituras diárias para a sala de aula. “Eu leio muito e gosto de compartilhar esse conhecimento com os alunos, recheando minhas aulas de emoção e reflexão. Assim é a história, uma antiga, mas atual “senhora” que deve ser compreendida e respeitada, acima de tudo. Só assim, conhecendo bem o passado, viveremos o presente com responsabilidade”, ressalta o professor.
Casado, pai de dois filhos, o professor Zé já realizou alguns sonhos como historiador, além do trabalho em sala de aula. A viagem para Berlim, onde passou 18 dias, é um dos exemplos. “Para um historiador, conhecer alguns países da Europa é como assistir ao vivo o que aprendemos nos livros”. O sonho, agora, é poder viajar ainda mais, para aprofundar experiências e conhecimentos: Portugal, Espanha, Itália e França já estão no roteiro. Enquanto caminha com esse planejamento, Zé Francisco não deixa de lado outra paixão: o futebol. Continua assíduo aos jogos no Ginásio Orlando Scarpelli, desde a juventude. “Futebol é a minha terapia. No estádio, converso sobre política, economia e religião. Viro até o técnico do jogo”, brinca o professor-torcedor, fanático pelo Figueirense.
Hoje, a consulta aos jornais da Biblioteca Pública é digital; o futebol nos Clubes Atlético e Seis de Janeiro, frequentados pelo professor, não existe mais; a matinê de domingo, no Cine Glória, às 10h, também foi substituída pelas competições de jogos virtuais. A programação da semana mudou um pouco… Mas o desejo do Mestre em História continua o mesmo: apreciar cada dia mais as marcas e significações da História, sempre trilhando, dentro da educação, novos projetos e aprendizados que contemplem a História do Brasil e de Santa Catarina, e que, de alguma forma, contribuam para a formação de cidadãos criativos, solidários e comprometidos com uma sociedade mais justa em qualquer tempo, em qualquer lugar…
Marcos Lacau: vocação, paixão e trabalho
Professor Marcos Lacau
VOCAÇÃO, PAIXÃO E TRABALHO
Os ingredientes para trilhar caminhos de conquistas e reconhecimento profissional.
Passos longos, sorriso largo, uma inquietação contagiante e duas paixões incontestáveis: o es-porte e a família. Quem conhece o carismático professor Marcos Lacau da Silveira sabe que essas características o acompanham desde os tempos de menino, quando já atuava na linha de frente do time de futebol da família, formado pelo pai e os três irmãos.
Convicto de suas aptidões profissionais desde cedo, Lacau fez a escolha profissional aos 17 anos, quando, aprovado para o curso de Direito da Universidade Federal de Santa Catarina, optou por cursar Educação Física na UDESC, sempre com foco no esporte e nas possibilidades e conquistas que se abrem, ao se investir na formação de um atleta.

Em 1995 – 90 anos do CC. Em pé: Fábio, Heron, Lacau, Lauro e
Marcão. Agachados: Marquinhos, Luiz Henrique, Paulo e Savas.