Aconteceu, no Centro Integrado de Cultura – CIC, no dia 23 de setembro, às 9h, a cerimônia de assinatura dos contratos dos vencedores do Edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura. Foram recebidas 965 inscrições para as sete grandes áreas abarcadas no edital.

“Tivemos um recorte muito bom do que o segmento cultural de Santa Catarina pode produzir em termos de arte e cultura”, disse, satisfeito, o secretário de Turismo, Cultura e Esportes, Beto Martins. Serão distribuídos em torno de 6 milhões de reais aos proponentes vencedores. O recurso será pago em parcela única, e o proponente terá até doze meses para a realização do projeto. No total, os membros do júri selecionaram 138 projetos, entre eles o projeto do Museu do Homem do Sambaqui “Pe. João Alfredo Rohr”, intitulado “Salvaguarda do Acervo Cerâmico  Pe. João Alfredo Rohr”.

             

O acervo do Museu do Homem do Sambaqui “Pe. João Alfredo Rohr, SJ”, é formado por diferentes coleções de arqueologia pré-histórica. Parte do material está em exposição permanente, e outra compõe a sua reserva técnica. A exposição permanente é voltada para ações educativas e oferece visitas guiadas a escolas públicas e particulares, ao público, em geral, e a pesquisadores. A reserva técnica (maior parte do acervo) está distribuída em diferentes salas assim designadas: sala de guarda do acervo lítico, sala de guarda do acervo osteológico humano e sala de guarda do acervo cerâmico das coleções de Carlos Berenhauser e das pesquisas do arqueólogo Pe. João Alfredo Rohr. O acervo cerâmico, objeto do projeto do edital, dos dois acervos, totaliza cerca de 70 mil peças (vasilhames inteiros, parcialmente inteiros e fragmentos) de vários tamanhos e diferentes procedências.

             

A verba será destinada para fazer as seguintes intervenções no acervo:

– Higienizar e acondicionar os objetos e fragmentos cerâmicos (por sítio, tamanho, tipo de decoração e camada arqueológica);

– Catalogar os aproximadamente 32 mil objetos e fragmentos do acervo cerâmico do Pe. João Alfredo Rohr e criar um banco de dados digital do acervo;

– Recuperar e organizar dados e informações sobre a procedência dos objetos e fragmentos de cerâmica (de que sítios foram retirados; de que camadas arqueológicas; quantificação de peças);

– Divulgar o projeto e as ações do museu para difusão e fomento de outras iniciativas.

Na ocasião, o Diretor-geral do Colégio Catarinense, Pe. Mário Sündermann, ressaltou que “a contemplação e aprovação do projeto traz, ao público, por um lado, parte da riqueza cultural presente no Museu do Homem de Sambaqui do Colégio Catarinense e, por outro, coloca em pauta a importância de se valorizar e preservar conhecimentos e saberes adquiridos ao longo dos séculos e organizados de forma exemplar pelo Pe. João Alfredo Rohr, SJ, e pela sua equipe. Com o projeto, serão melhoradas as condições do precioso acervo cerâmico do museu, que é riqueza cultural do Catarinense e está à serviço da comunidade de Florianópolis e região”.