Lara, Maria Gabriela e Luciana, alunas do 4º ano da Unidade I do CC, estavam ansiosas para o dia de hoje. Depois de algumas semanas ensaiando e se preparando, elas não viam a hora de começar suas apresentações na Igreja Santa Catarina de Alexandria. O motivo era a comemoração do aniversário de Santo Inácio.
Na plateia, centenas de crianças usavam um chapéu, confeccionado pelos professores, muito parecido com o que Santo Inácio de Loyola costumava usar. Foram duas apresentações: uma pela manhã e outra pela tarde.
Lara Verner e Maria Gabriela Zanatta foram as responsáveis pelo teatro de sombras que contava a história do fundador da Companhia de Jesus. Elas treinaram a apresentação durante duas semanas. Aos cuidados da professora de Formação Humana e Cristã, Maria Cecília Martins Pessoto, as duas revelaram, pouco antes da encenação, o porquê da admiração por Santo Inácio.
“Quando me lembro da história de Santo Inácio, gosto muito do momento em que ele começa a ler a bíblia. Foi quando ele quebrou a perna e estava se recuperando, que conheceu a vida de Jesus e resolveu seguir a caminhada dele”.
Lara, por sua vez, gostou do momento em que Santo Inácio devolveu as espadas para o pai. “Naquele momento, ele confiou em Deus e seguiu o seu caminho, a sua missão, o que ele queria fazer. Minha mãe me diz que tenho que fazer o mesmo, ser sincera comigo mesma”. A aluna, de pouca idade, mas já mostrando muita sabedoria, falou que ajudamos mais os outros quando ajudamos primeiro a nós mesmos.
Luciana Gondin Guillermo preferiu ressaltar os inúmeros colégios que o jesuíta Inácio de Loyola criou. “Ele fez muitas coisas boas. Fundou um monte de colégios e apoiou a entrada das mulheres para estudar também. Eu achei legal que ele não achava justo somente os meninos estudarem”. A aluna, também do 4º ano iria representar um príncipe que contaria toda a história da criação dos colégios e também um pouco sobre a vida de Santo Inácio de Loyola.
Quem foi Inácio de Loyola em poucas palavras…
Inácio teve dez irmãos e pertencia à nobreza. Recebeu instrução militar e, sobretudo, captou o espírito de luta, de lealdade e de cortesia. Na vida adulta, era um homem obstinado, com desejos fortes e perseverante. Sempre lutava e buscava colocar a vontade de Deus acima das vontades e de seus desejos pessoais. “Que todo meu pensar, querer e sentir sejam conformes a vontade Deus (EE 46), querer o que Deus quer é a oração comum para todos os seu Exercícios Espirituais”. Almejava sempre o bem maior e, quando se converteu, continuou a buscar a Deus em todas as coisas e a servir os irmãos, colocando-se a serviço da Igreja a partir da educação evangelizadora. Sempre procurou transformar o mundo para melhor. Segundo ele, o seu momento de queda não foi por acaso. Deus usou daquele acontecimento para mostrá-lo que a vida não se resumia a batalhas externas, mas também a batalhas internas, espirituais. A história revela que Inácio construiu sua obra através de discernimento, fé e seguimento a Jesus Cristo. Sua característica mais marcante é que, em tudo que fazia, colocava um esforço especial, por saber que isso contribuía para a maior glória de Deus.
