O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi criado em 1998 com o objetivo de avaliar o desempenho do estudante ao fim da educação básica, buscando contribuir para a melhoria da qualidade desse nível de escolaridade.

A partir de 2009 passou a ser utilizado também como mecanismo de seleção para o ingresso no ensino superior. Foram implementadas mudanças no Exame que contribuem para a democratização das oportunidades de acesso às vagas oferecidas por Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), para a mobilidade acadêmica e para induzir a reestruturação dos currículos do ensino médio.

Respeitando a autonomia das universidades, a utilização dos resultados do Enem para acesso ao ensino superior pode ocorrer como fase única de seleção ou combinado com seus processos seletivos próprios.

O Enem é o maior exame do Brasil e o segundo maior do mundo, atrás somente do exame de admissão do ensino superior chinês, e conta com mais de 7 milhões de inscritos divididos em 1.661 cidades do país.

Seu resultado serve para acesso ao ensino superior em universidades públicas brasileiras, através do Sistema de Seleção Unificada (SISU), assim como em algumas universidades públicas portuguesas. A prova também é feita por pessoas com interesse em ganhar bolsa integral ou parcial em universidade particular através do ProUni (Programa Universidade para Todos) ou para obtenção de financiamento através do Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior). Desde 2009 o exame serve também como certificação de conclusão do ensino médio em cursos de Educação de Jovens e Adultos (EJA).

TODOS OS ALUNOS DE ESCOLAS PARTICULARES DEVEM FAZER O ENEM, pois se não o fizerem, estarão perdendo a chance de ingressar nas melhores universidades públicas e privadas do país que utilizam esse exame como critério parcial ou total de acesso aos seus cursos.

 

COMO O ENEM É CORRIGIDO:

No Enem, a correção é feita usando a metodologia da Teoria de Resposta ao Item (TRI), em que o valor de cada questão varia conforme o percentual de acertos e erros dos estudantes naquele item. Assim, um item em que grande número dos candidatos acertaram será considerado fácil e, por essa razão, valerá menos pontos. Já o estudante que acertar uma questão com alto índice de erros ganhará mais pontos por aquele item.

Dessa forma, não é possível calcular a nota final apenas contabilizando o número de erros e acertos em cada uma das provas. Por isso, um candidato que acerta o mesmo número de questões que outro não significa que terão a mesma pontuação. O estudante só tem como saber a nota final no Enem quando o resultado sair.

A correção da redação é mais simples e passou por mudanças este ano, após a polêmica ocorrida no ano passado, quando um candidato obteve a nota máxima na redação mesmo com a inserção de um trecho de receita de macarrão instantâneo no texto. Nesta edição do Enem, o Ministério da Educação (MEC) definiu que se forem inseridos trechos indevidos na redação, o candidato será eliminado.

A redação é avaliada por dois corretores, sem que um saiba a nota atribuída pelo outro. No texto, são avaliadas cinco competências: domínio da norma culta da língua portuguesa, compreensão e desenvolvimento do tema usando várias áreas do conhecimento; defesa de um ponto de vista; argumentos e proposta de intervenção para o problema e respeitar os direitos humanos, segundo o Guia de Redação para o Enem, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

O corretor deverá atribuir nota de zero a 200 pontos para cada uma das competências. A soma (da pontuação de cada competência) vai resultar na nota total, que pode chegar a mil pontos. A nota final do candidato será a média aritmética das notas totais concedidas pelos dois avaliadores.

COMO FUNCIONA E QUEM TEM O DIREITO AO ProUni?

O ProUni, Programa Universidade Para Todos, é um programa que distribui bolsas parciais ou integrais para estudantes de todo o Brasil em Instituições PRIVADAS. O foco do ProUni, segundo o governo, é a inclusão de qualidade e transformar jovens estudantes em universitários e futuros profissionais diplomados.
Dirigido aos estudantes egressos do ensino médio da rede pública ou da rede particular na condição de bolsistas integrais, com renda familiar per capita máxima de três salários mínimos, o Prouni conta com um sistema de seleção informatizado e impessoal, que confere transparência e segurança ao processo. Os candidatos são selecionados pelas notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio – Enem conjugando-se, desse modo, inclusão à qualidade e mérito dos estudantes com melhores desempenhos acadêmicos.

Funciona da seguinte maneira: o candidato à bolsa se cadastra no site do ProUni e deve atender obrigatoriamente alguns pré-requisitos:

– Ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio – Enem – daquele ano (por exemplo, se você for concorrer a uma bolsa para o ano de 2015, deve ter participado do ENEM em 2014);

– ter conseguido uma pontuação mínima estabelecida pelo MEC;

– ter cursado o ensino médio completo em escola pública;

– ter cursado o ensino médio completo em ESCOLA PRIVADA com bolsa integral da instituição;

– ter cursado todo o ensino médio, parcialmente em escola da rede pública e parcialmente em instituição PRIVADA, na condição de bolsista integral da respectiva instituição;

– ser pessoa com deficiência.

COMO FUNCIONA O SISU?

O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) é o sistema informatizado, gerenciado pelo Ministério da Educação (MEC), no qual instituições públicas de ensino superior oferecem vagas para candidatos participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

O processo seletivo do Sisu possui uma única etapa de inscrição.

Ao efetuar sua inscrição, o candidato deve escolher, por ordem de preferência, até duas opções entre as vagas ofertadas pelas instituições participantes do Sisu. O candidato também deve definir se deseja concorrer às vagas de ampla concorrência, às vagas reservadas de acordo com a Lei nº 12.711/2012 (Lei de Cotas) ou às vagas destinadas às demais políticas afirmativas das instituições.

Durante o período de inscrição, o candidato pode alterar suas opções. Será considerada válida a última inscrição confirmada.

Ao final da etapa de inscrição, o sistema seleciona automaticamente os candidatos mais bem classificados em cada curso, de acordo com suas notas no Enem e eventuais ponderações (pesos atribuídos às notas ou bônus).

Serão considerados selecionados somente os candidatos classificados dentro do número de vagas ofertadas pelo Sisu em cada curso, por modalidade de concorrência. Caso a nota do candidato possibilite sua classificação em suas duas opções de vaga, ele será selecionado exclusivamente em sua primeira opção.

Será realizada apenas uma chamada para matrícula. Os candidatos selecionados têm um prazo para efetuar a matrícula na instituição, confirmando dessa forma a ocupação da vaga.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE PROUNI E SISU?

Ambos usam a nota do ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio. Mas vamos destacar as principais características de cada um:

→ PROUNI (Programa Universidade Para Todos) – É um programa-sistema do Governo Federal que dá bolsas integrais e parciais em universidades particulares de todo o Brasil, para alunos de baixa renda.

→ SISU (Sistema de Seleção Unificada) – É o sistema informatizado, gerenciado pelo Ministério da Educação (MEC), por meio do qual as instituições públicas de educação superior, participantes do processo, selecionam candidatos pela nota obtida no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem).

Para conseguir uma vaga no SISU não há tantos obstáculos como no ProUni. É como se fosse um vestibular comum. Passou, entrou.

A diferença é que a prova para as mais diversas faculdades é exatamente a mesma, o Enem, e agora, basta escolher o curso desejado.

Quem estudou em escola pública ou particular no Ensino Médio PODE PARTICIPAR sem problemas do SISU. A seleção é feita pelo Sistema com base na nota obtida pelo candidato no Enem. No site do MEC, os candidatos podem consultar as vagas disponíveis, pesquisando as instituições e os seus respectivos cursos participantes.

COMO FICA a DIVISÃO de VAGAS para a UFSC em 2016?

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) terá 30 % de ingresso feito pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu).  Conforme a administração, anualmente esse percentual será reavaliado, para possibilitar o aumento de adesão.

Segundo a UFSC, no segundo semestre de 2010 foram oferecidas  vagas remanescentes pelo Sisu. Desde então, a universidade não  utilizou mais o sistema. A discussão pela aplicação definitiva do Sisu  ocorreu em julho de 2014.

A UFSC afirma que o Sisu também seguirá o sistema de cotas aprovado pela instituição. Em 2016, a previsão é que 50% das vagas serão ofertadas para candidatos da rede pública.

Sisu
O Sisu foi desenvolvido pelo Ministério da Educação (MEC) em 2009 e já é aplicado em mais de 94% das instituições públicas federais, que equivale a 55 universidades. Destas, 44 tem 100% de ingresso através do sistema.

O sistema oferece vagas em seus cursos de graduação para candidatos que realizaram as provas do Enem no ano anterior e que obtiveram nota da redação maior do que zero.

O estudante inscrito no Sisu pode optar por até dois cursos. A concorrência de vagas ocorre para todas as universidades cadastradas. Com seleção semestral, a adesão é voluntária a cada novo processo.