O Setor de Orientação Educacional, em parceria com o SOREP e o Professor de Formação Humana e Cristã, realizou um encontro de formação com os alunos do 9º ano, no mês de setembro, cujo intuito foi o de trabalhar com os temas: Experiências de vida e Relacionamento familiar entre pais e filhos. Além disso, houve uma breve introdução ao assunto que envolve a orientação profissional e vocacional dos alunos, que será explorado com maior profundidade no Ensino Médio.

O momento inicial do encontro evidenciou a importância da família como um sistema vivo, um núcleo fundamental e imprescindível, ligada por vínculos consanguíneos, afetivos, psicológicos e emocionais. Esses vínculos são responsáveis por unir as pessoas, permitindo a vivência, no mesmo tempo e espaço, com as dimensões do amor, do respeito, da privacidade, da autonomia e da individualidade, que precisam e devem ser respeitadas.

A família é a primeira experiência social por excelência, por isso é nela e com ela que vivemos e aprendemos a importância do ser relacional de que somos constituídos. Os conflitos, muitas vezes inevitáveis, não devem ser vistos de forma negativa; pois, quando bem trabalhados e resolvidos, são uma boa oportunidade para crescer e fortalecer o laços familiares, já que nós crescemos no momento em que aprendemos a lidar com as diferenças do outro.

O primeiro passo, para viver bem e manter um relacionamento familiar saudável é conhecer a si mesmo, suas limitações pessoais e características de personalidade; já o segundo passo deve compreender que o outro também tem suas limitações pessoais que precisam ser consideradas. Como bem percebemos nas falas dos pais presentes no encontro, os casais herdam de suas famílias de origem formas de relacionar-se e de estar em família, como o modo de educar os filhos, de reagir e de lidar com o cônjuge, além da maneira de comunicar-se. Esses padrões de atitudes e de comportamento podem ser saudáveis ou nocivos para o funcionamento da família.

Outro aspecto incluído no relacionamento familiar são as regras de convivência, que devem ser estabelecidas desde cedo, entre as quais se compreende o respeito aos pais, a privacidade, o saber ouvir, as formas de falar, de discutir os problemas e de resolver os conflitos. Vale lembrar que essas lições são valiosas e acompanharão os filhos durante toda a vida, pois a família é um modelo vivo de convivência, comunicação e respeito ao próximo.

Para uma educação adequada dos filhos, os pais devem agir com afeto, carinho e firmeza sempre que necessário. Além disso, as rotinas de escuta e diálogo precisam ser permanentes para que os filhos sintam-se acolhidos, seguros e amados.

No segundo momento do encontro, recebemos alguns pais de alunos que foram convidados com antecedência, sem o conhecimento prévio do (a) filho (a), para participarem dessa reflexão e falarem da experiência familiar, trajetória juvenil e formação profissional.

“Foi com muita alegria que recebi o convite para participar da manhã de formação do 9º ano A. Com grande prazer, pude dividir com a turma de meu filho Henrique, um pouco das experiências que vivenciei na adolescência, na posição de filha e estudante do Ensino Fundamental II que, na minha época, era chamado de “ginásio”. Espero, com meu depoimento, ter conseguido deixar minha mensagem aos adolescentes de hoje, para que eles tenham maior respeito por seus pais, além de procurem manter, com eles, um diálogo aberto, tornando a relação entre pai e filho uma forte amizade. Isso é essencial para que os jovens sigam um rumo certo em suas vidas. Por fim, gostaria de agradecer ao Colégio Catarinense, à Cristina (Orientadora Educacional) e ao Professor Luciano pela oportunidade que me deram de participar dessa atividade tão enriquecedora que é a manhã de formação. Muito obrigada!” – declarou Fabiane Borges da Silva Grisard, uma das mães que participaram do encontro.