No último mês de junho, um grupo de educadores do Colégio Catarinense realizou uma visita aos Sete Povos das Missões, quando fomos à Catedral Angelopolitana – em Santo Ângelo. Em São Miguel das Missões, conhecemos o Sítio Arqueológico e o Museu das Missões. Lá, assistimos a um belíssimo espetáculo noturno – “Som e Luz”, que conta a saga missioneira dos jesuítas e a Guerra Guaranítica.  Visitamos Caaró, o Santuário que homenageia a morte dos santos missioneiros Roque González, Afonso Rodrigues e João de Castilhos, ocorrida em 1628. Esse santuário recebe milhares de pessoas em romarias e peregrinações em busca da água reconhecida como milagrosa. Já na Argentina, fomos às Ruínas de Santa Ana e San Ignácio.

Nossa 2ª trajetória, como continuidade das visitas às Reduções dos Guaranis – patrimônio vivo e histórico da presença efetiva e evangelizadora da Igreja e da Companhia de Jesus em nossa América Latina – foi para as Ruínas do Paraguai de Trinidad e Jesus.

           

           

A presença dos missionários da Companhia de Jesus foi um período da grande experiência humana e evangelizadora desses povos. As ruínas de “Santísima Trinidad” e “Jesús de Tavarengue” (declaradas Patrimônio Universal da Humanidade pela UNESCO), além da imponência e da elevação espiritual que nos revelam, despertam o grande valor arquitetônico, as artes e a música, além de alcançarem grande desenvolvimento e deixarem um legado artístico, cultural, histórico e espiritual de suprema beleza. Vale ressaltar que esses povos impulsionaram notoriamente a arquitetura, o Barroco Guarani e a música, pois os nativos guaranis fabricavam seus próprios instrumentos musicais sob a supervisão dos mestres jesuítas.

Somente um mergulho, uma imersão nesses patrimônios históricos e religiosos, faz-nos compreender a grandiosidade e a utopia das obras missioneiras em nossa América Latina. Muito mais que uma rota de lazer e descontração, a visita às Reduções traz, em sua concepção, um profundo legado de cultura e espiritualidade cristã.  Andamos por estradas e trilhas por onde já passaram milhares de índios, desbravadores, invasores europeus, bandeirantes, catequetizadores, tropeiros e tantos outros que evocam, em nossa memória, uma sensação de imponência, magnitude, irradiante energia e percepção histórica.

            

Como enriquecimento de convivência e integração, visitamos, ainda, a Usina Hidroelétrica de Itaipu, considerada uma das maravilhas da Arquitetura Moderna, que impressiona pela sua grandiosidade e leveza. Nas Cataratas de Foz do Iguaçu, pudemos constatar a mão de Deus, que nos presenteou com um belíssimo cenário de riquezas e recursos naturais.

A viagem foi, também, uma grande lição de vida, porque vivenciamos, como colaboradores na Missão da Companhia, além dessa mística presente nas Reduções, o clima positivo e festivo em nossas relações de amizade e respeito nesses dias inesquecíveis de convivência, composição histórica e espiritualidade.

Por fim, agradecemos a todos que participaram desse segundo momento de nossa viagem de imersão, convivência e integração. À Direção do Colégio, direcionamos nossa gratidão especial, por oferecer-nos essa oportunidade ímpar. A cortesia e a amabilidade presentes entre todos foi, também, um diferencial nessa viagem. A dinâmica do “Anjo Protetor”, quando cada um rezou por um participante, seu “protegido”, revelou-nos profundamente a sinergia presente entre todos os educadores do CC.

           

Professor Afonso Luiz Silva, Supervisor de Atividades Complementares, e Fábio Luiz Marian Pedro, Diretor Administrativo do Colégio Catarinense.