Organização, confiança e humildade. Assim, Ana, Roberto e Marcos traduzem a importância do Colégio Catarinense em suas vidas e no momento crucial de passarem no vestibular já na primeira tentativa. Os relatórios da COPERVE (Comissão Permanente do Vestibular da UFSC) confirmam que o Colégio Catarinense é o colégio que mais aprova alunos em sua primeira experiência em concursos vestibulares. A divulgação desse resultado reforça a certeza de que o trabalho desenvolvido pelo colégio junto aos alunos, inclusive na construção de bons hábitos de estudos desde a mais tenra infância, é a chave para o sucesso em todas as instâncias nas quais esses indivíduos se insiram.

Considerando que a educação é um processo que se prolonga por toda a vida, a educação jesuíta tenta inculcar uma alegria de aprender e um desejo de aprender que permaneçam para além dos tempos de colégio (CARACTERÍSTICAS, 1998, p. 33-34). Por isso, a tarefa do professor consiste em ajudar cada estudante a aprender com independência a assumir a responsabilidade de sua própria educação.

Em relação a isso, a assessora acadêmica do Colégio, Louisa Carla Farina Schröter, afirma que o grande desafio da educação, num tempo de inúmeras mudanças e transformações sociais e tecnológicas, é motivar seus alunos para a busca, a organização e a edificação de estratégias que permitam a articulação entre conhecimento e sua realização prática e cotidiana.

Nesse sentido, a ex-aluna do Colégio Catarinense, Ana Claudia Batista Aleixo, graduanda em Relações Internacionais, sabia que, desde o começo do ano, precisava se organizar: “o aprendizado tinha que se dar de uma maneira gradual e contínua. Eu separava igualmente as horas de estudo dentro das matérias e não deixava nada para a última hora. Passar no vestibular era mais do que um plano, era um objetivo”.

A aluna é um exemplo efetivo daquilo que, já nos primórdios de constituição da Companhia de Jesus, Santo Inácio de Loyola enfatizava: a relação mestre/estudante deve se caracterizar por uma atitude madura de construção e interação entre indivíduos, o conhecimento e a espiritualidade, em que o aluno tenha uma participação ativa, pautada na maturidade e independência, contrapondo-se a uma recepção puramente passiva. O estudante autônomo é aquele que, em sua participação ativa, inclui estudo pessoal, oportunidades para a descoberta e a criatividade pessoal, numa atitude de reflexão.

Quando Roberto Althoff Konder Bornhausen entrou no Colégio Catarinense, tinha apenas 5 anos e, após 12 anos de vivências, dedica grande parte da vitória no vestibular ao Colégio. “Ele sempre me deu suporte; por exemplo, algumas atividades, como as Olimpíadas, os Jogos de Integração, o Pinheral e as Manhãs de Formação foram essenciais para aliviar um ano tão estressante como o do vestibular. Elas fizeram um bem incalculável, além de servirem para unir os colegas de uma forma que todos aprendessem a ajudar uns aos outros. Eu aprendi a organizar meu tempo de forma que pudesse me dedicar ao máximo aos estudos, sem deixar de praticar atividades físicas e sem abrir mão do tempo para o lazer”, revela o acadêmico do curso de Direito da Universidade Federal de Santa Catarina.

Outro exemplo de estudante vitorioso é Marcos Vinícius Stefani, hoje calouro do curso de Administração, o qual acredita seriamente que um fator primordial para o sucesso no vestibular foram os projetos de formação humana pautados em princípios e valores que vão muito além da grade curricular. “O relacionamento com os colegas, professores e funcionários – desde a faxineira ao coordenador –; o “ambiente família”, que se forma no dia a dia, possibilitam a formação não apenas de um excelente profissional do futuro, mas também de uma pessoa de caráter, preparada para enfrentar desafios muito maiores do que um vestibular”.

Segundo o diretor do Colégio Catarinense, Pe. Mário Sündermann, “mais do que passar no vestibular, queremos preparar crianças e jovens para os desafios do mundo, que sejam líderes transformadores do mundo que sonhamos, para colaborarem na construção de uma sociedade mais justa e solidária.”

Por Faradiba Albuquerque