Alunos do Catarinense conquistam ouro e bronze na “Olimpíada de Matemática Canguru sem Fronteiras”

Enzo Vendramim e Eduardo Masselli, alunos do 8° ano do Colégio Catarinense, conquistaram as medalhas de ouro e bronze, respectivamente, na categoria Benjamin (7° e 8° ano), da “Olimpíada de Matemática Canguru sem Fronteiras”, realizada em 55 países, em março. O concurso, que tem apoio da “Olimpíada Brasileira de Matemática” e da “Olimpíada Paulista de Matemática”, consiste em uma única prova, de múltipla escolha, com variação no grau de dificuldade, a partir da escolaridade. A competição está dividida em oito categorias, de acordo com a idade, e é destinada a todos os alunos do Ensino Fundamental e Médio. Em 2016, no Brasil, 173 mil alunos realizaram as provas.

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Eduardo Masselli

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Eduardo Masselli

Enzo Jardim Vendramin

Enzo Jardim Vendramin

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Enzo Jardim Vendramin


A participação na Olimpíada Canguru
não se restringe apenas aos melhores estudantes de Matemática. Ao contrário, visa a atrair o maior número de estudantes possível, com a finalidade de mostrar-lhes que a Matemática é muito interessante, útil e divertida. Neste ano, seis milhões de estudantes participaram do concurso, e os alunos Enzo e Eduardo, medalhistas nacionais que já competiram na Olimpíada de Matemática, resolveram participar da Olimpíada Canguru, a convite dos professores. “Achei mais fácil que a OBM”, disse Enzo, que levou um susto com o resultado. Os dois participantes, que também já obtiveram classificações em outras Olimpíadas de Matemática, prometeram participar novamente do desafio.

Para o professor Carlos André de Melo, o pensamento comum é de que a Matemática é difícil e fora do alcance da maioria das pessoas, mas os participantes da Olimpíada provaram que uma porção considerável de estudantes tem interesse em resolver os problemas e está, cada vez mais, diminuindo o preconceito com a Matemática. “É preciso avaliá-la como uma ciência que pode ser muito prazerosa, depende apenas de como os estudantes encaram os desafios lançados por ela”, disse o professor, que aproveitou para convidar a todos os alunos para uma visita ao Laboratório de Matemática, recém-inaugurado para atender aos interessados em estudar a disciplina e participar de oficinas, onde, desde maio, professores da área passaram a acompanhar os alunos no desenvolvimento do raciocínio e das experiências matemáticas. Aos interessados em conhecer o Laboratório de Matemática, basta agendar o horário no Moodle.

A história

O “Canguru sem Fronteiras” é uma Associação Internacional que conta com a participação de estudantes de todo o mundo. No início dos anos 80, Peter O’Holloran, professor de matemática em Sydney, inventou um novo tipo de Concurso Nacional em escolas australianas: um questionário de múltipla escolha. Esse concurso foi um enorme sucesso na Austrália.

Em 1991, dois professores franceses (André Deledicq e Jean Pierre Boudine) decidiram iniciar a competição na França, com o nome Canguru (“Kangourou”), para prestar homenagem aos seus amigos australianos. Da primeira edição, participaram 120.000 estudantes, atraindo a atenção dos países vizinhos.

Nas palavras do professor André Deledicq, trata-se de um “jogo-concurso”, não de uma competição entre estudantes. Foi, então, criado o Canguru sem Fronteiras, em 1995, em Paris, a partir da associação de membros representantes de alguns países: Espanha, França, Grã-Bretanha, Hungria, Itália, Moldávia, Polônia, Rússia e Eslovênia. Atualmente, a associação conta com representantes de 55 países e mais de seis milhões de participantes.

Objetivos

  • Estimular o estudo e o gosto pela Matemática.
  • Atrair os alunos que têm receio da disciplina, permitindo-lhes que descubram o lado lúdico da Matemática.
  • Fazer com que os alunos se divirtam, ao resolverem questões matemáticas, e percebam que a resolução dos problemas propostos é uma conquista pessoal muito recompensadora.
  • Elevar, todos os anos, o número de participantes no concurso em nível nacional e tentar atingir as cotas de participação em outros países.

Como se inscrever no concurso

A inscrição é feita pelas escolas, e todos os alunos podem participar. O coordenador de matemática da escola (ou o professor responsável pela realização do concurso) deve pedir autorização ao Conselho Executivo para a realização da prova, uma vez que as cópias das provas, a correção e toda a logística associada são de total responsabilidade da instituição participante.

Como funciona

O concurso é dividido em oito categorias, a saber:

  • Categoria Mini-Escolar – nível I (para alunos do 2º ano do Ensino Fundamental).
  • Categoria Mini-Escolar – nível II (para alunos do 3º ano do Ensino Fundamental).