Proposta é que os estudantes consigam se desenvolver ao ajudar outros com aulas de reforço

Aprender ensinando é um dos propósitos do Colégio Catarinense, que promove, desde 2018, o projeto Monitoria Estudantil Externa. A proposta é permitir que os alunos da instituição estejam presentes na rotina de estudantes que frequentam escolas públicas, contribuindo com aulas de reforço. Em 2024, o projeto está em andamento na Escola de Educação Básica Presidente Juscelino Kubitschek, localizada em São José, na região da Grande Florianópolis.

Com o projeto, o Colégio Catarinense visa contribuir com a educação brasileira, em especial na rede pública, com alunos que enfrentam algum tipo de dificuldade. O responsável pela disciplina Eletiva, professor Pedro Baesso, comenta que os encontros acontecem todas as sextas-feiras, das 13h30min às 16h30min.

— A ideia é que o aluno aprenda com outro aluno, a partir de trocas de experiências e de ensinamentos entre eles. Os estudantes do JK vêm até o Colégio Catarinense, e os nossos alunos preparam os conteúdos para guiar os encontros. Normalmente, os principais tópicos abordados têm o propósito de atuar como um reforço, ajudando-os nos assuntos de maior dificuldade — comenta o professor.

Ao participarem do projeto Monitoria Externa, todos os estudantes aprendem juntos — seja por meio da integração, da troca de experiências, dos valores humanos ou do fortalecimento das relações entre eles. Enquanto os estudantes do Colégio Catarinense vivem a pedagogia na prática, também fortalecem os próprios conhecimentos e ajudam outras pessoas, que apresentam dificuldade ou defasagem de conteúdos.

— A carga horária dos alunos do JK representa praticamente a metade das aulas do Colégio Catarinense. Então, nossos alunos trabalham conteúdos que os estudantes da escola pública não conseguem ver, porque a grade é menor. É muito interessante, pois eles se encontram, tiram dúvidas, conversam e alcançam uma troca extraordinária — comenta o professor.

om o projeto, os estudantes do Colégio Catarinense fortalecem os próprios processos de aprendizagem, além de desenvolverem habilidades interpessoais e valores universais. Ao fim da experiência, a proposta é que eles se tornem mais conscientes, compassivos, criativos, competentes e comprometidos em transformar para melhor a vida de outras pessoas e a sociedade.

Vivendo a arte de aprender na prática

Ao participarem do projeto Monitoria Estudantil Externa, os estudantes do Colégio Catarinense conhecem e atuam em outras realidades, aprendendo com elas. Segundo o professor Pedro Baesso, a realidade da Escola Juscelino Kubitschek consiste, principalmente, em atender a estudantes de famílias de baixa renda, que precisam conciliar os estudos com trabalho. As monitorias são oferecidas aos alunos do turno matutino e noturno, para que eles possam assistir aos conteúdos no contraturno.

— Há uma troca imensa, tanto de conhecimento quanto de experiência de vida. Estou à frente do projeto há seis anos e consigo observar que os nossos alunos crescem muito como pessoas e cidadãos. Há todo um cuidado, gentileza, sensibilidade. Nos primeiros dias, eles costumam ter bastante timidez, o que se transforma no decorrer dos encontros — conta o professor.

De acordo com ele, no decorrer do projeto, é comum que alguns estudantes descubram uma vocação nata pela arte de lecionar. Comunicação, desenvoltura e alteridade são alguns dos benefícios que se alcançam, além do domínio do conhecimento teórico e prático.

Participam do projeto os estudantes do Catarinense que se destacam nas disciplinas e apresentam um histórico escolar de excelência. Para participar, os alunos precisam obedecer a algumas etapas, que se iniciam com a inscrição, seguida do parecer docente, com uma prova escrita e uma entrevista com a equipe pedagógica do Colégio. Quando selecionados, os monitores assumem o compromisso de organizar as atividades e ministrar os conteúdos aos colegas da escola parceira.

— Não tenho a menor dúvida de que a Monitoria é um reflexo dos valores do Colégio Catarinense, de fazer o bem às pessoas. Eu faço esse trabalho desde 2022 porque gosto, pois,além de ajudar os outros, o que já é muito bom, eu também relembro as matérias, já que, ao repeti-las, fica mais fácil lembrar depois. A gente já ouviu dos alunos do JK, várias vezes, que a Monitoria os tem ajudado a tirar notas melhores, o que gera um sentimento de conquistas para os dois lados — comemora Enzo Schuelter Evangelista, da 3ª série D, do Novo Ensino Médio do Catarinense.

Ao final do ano, o monitor que cumprir toda a rota de atividades recebe um certificado do Colégio Catarinense, que formaliza o trabalho voluntário desenvolvido. O projeto é um diferencial para os alunos que pretendem ingressar em universidades, principalmente as do exterior.

— Este ano, quem está participando do projeto, tanto no Colégio Catarinense quanto no JK, são os alunos de 2ª e 3ª série do Novo Ensino Médio. Para o próximo semestre, a proposta é ampliar a atuação, abrangendo também os estudantes da 1ª série — pontua Pedro Baesso.

Os benefícios também são vistos entre os estudantes do ensino público. O professor constata que muitos alunos sem motivação para estudar passam a frequentar as aulas com assiduidade, interessando-se pela leitura e pelos estudos. Em 2023, quatro estudantes que participaram do projeto foram aprovados em universidades federais.

Acesse o site do Colégio Catarinense para conhecer mais sobre os projetos oferecidos pela escola.

Matéria publicada em  05/07/2024 – 10:13

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