O MHS e seu acervo de obras e documentos históricos

O Museu do Homem do Sambaqui Pe. João Alfredo Rohr, S.J., é conhecido, principalmente, pelo seu imenso e importante acervo arqueológico no Brasil e no exterior. No entanto, o MHS também tem ganhado destaque pelos seus documentos históricos e obras raras publicados nos séculos XVIII, XIX e início do XX.

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Diante dessas raridades históricas, estamos elaborando um local específico para a exposição das obras e dos documentos” afirma Jefferson Garcia, arqueólogo do MHS. O primeiro documento que entrará em exposição será uma carta assinada pelo ditador paraguaio Francisco Solano Lopez, datada de 1864. “Esse documento é um dos mais importantes do nosso Acervo Histórico, visto que faz parte de um dos momentos históricos mais conhecidos da América do Sul, a Guerra do Paraguai (1864-1870)”, completa Jefferson.

A carta de Solano Lopez foi encontrada nos arquivos pessoais do Pe. João Alfredo Rohr. O documento histórico foi devidamente higienizado e acondicionado pela bibliotecária do Colégio Catarinense, Patrícia Silva. Hoje ele faz parte do Arquivo Histórico do MHS.

Documentos históricos que ficam no anonimato durante décadas são recorrentes na história dos museus, sem exceção. Principalmente, quando seu acervo é bastante expressivo, como é o caso do MHS. Vale lembrar, por exemplo, como foi o caso da carta que Albert Einstein escreveu para o Colégio Anchieta, de Porto Alegre, RS. A carta ficou longe do público durante 65 anos, até que, em 2015, foi redescoberta e exposta no Museu do Colégio Anchieta, também pertencente à Companhia de Jesus. “Tenho certeza de que o MHS vai nos proporcionar ainda mais novidades nos próximos anos, aguardem!”, salienta Jefferson.

2018-02-23T22:26:30+00:00novembro 28th, 2017|

Levantamento do material arqueológico encontrado por João Alfredo Rohr, na década de 1970, em Urubici, SC

Nos dias 30 e 31 de outubro, o Museu do Homem do Sambaqui (MHS) Pe. João Alfredo Rohr, S.J., recebeu o arqueólogo Bruno Labrador, mestrando do Programa de Pós-Graduação em Arqueologia da Universidade de São Paulo (USP).  O motivo da sua visita técnica foi realizar um levantamento do material arqueológico encontrado por João Alfredo Rohr, na década de 1970, em Urubici, SC, em escavações arqueológicas que o padre realizou na região. Após esse levantamento, será possível realizar uma análise comparativa com os dados arqueológicos encontrados por Bruno Labrador nos últimos anos, na mesma área pesquisada por Rohr há mais de quatro décadas, segundo Jefferson Garcia, arqueólogo do MHS.

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Os resultados da pesquisa de Bruno serão publicados em artigos científicos e, também, em sua dissertação de mestrado, com data da defesa prevista para 2018.

A pesquisa de mestrado de Bruno trata do “Sistema de Assentamento proto-Jê Meridional no alto rio Canoas”. O pesquisador ainda integra o projeto internacional Jê Landscapes of Southern Brazil – Ecology, History and Power in a transitional landscape during the Late Holocene, que conta com a participação da Universidade de São Paulo (USP-Brasil), University of Exeter e University of Reading (Reino Unido), com financiamento das agências FAPESP, AHRC e CAPES. A coordenação de toda a equipe de pesquisa do projeto é realizada pelo Dr. Rafael Corteletti, arqueólogo da UFPeL, RS.

2018-02-23T22:26:39+00:00novembro 17th, 2017|

Alunos da Licenciatura Intercultural Indígena da Mata Atlântica da UFSC visitam o MHS

No mês de agosto de 2017, o Museu do Homem do Sambaqui (MHS) teve o prazer de receber, pela segunda vez, as turmas da Licenciatura Intercultural Indígena da Mata Atlântica da UFSC. O curso é composto por membros das etnias Guarani, Kaingang e Laklãnõ/Xokleng e tem habilitação em Educação Infantil nas escolas indígenas, em Línguas Indígenas, em Humanidades (com ênfase em Direitos Indígenas) e em Gestão Ambiental. Desde a criação do curso, já foram realizados mais de setenta Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) pelas turmas indígenas.

3Segundo o arqueólogo do Museu do Homem do Sambaqui, Jefferson Garcia, o museu contribui diretamente para a formação dessas turmas na medida em que proporciona o contato e a experiência com o resultado de muitas práticas de longa duração dessas etnias, como é o caso do material etnológico e arqueológico encontrado em ambientes fora das reservas indígenas. Os referidos materiais foram adquiridos pelo Pe. João Alfredo Rohr e expostos no MHS com esse objetivo: a divulgação do conhecimento sobre a temática indígena.

2018-02-23T22:26:40+00:00novembro 8th, 2017|

Museu do Homem do Sambaqui e as Parcerias Internacionais

O Museu do Homem do Sambaqui Pe. João Alfredo Rohr, SJ, vem contribuindo cada vez mais com as pesquisas internacionais sobre o povoamento das Américas e as transformações sociais que ocorreram com os primeiros habitantes do litoral brasileiro. A partir do projeto “Paleogenética das populações pré-históricas do território brasileiro”, equipes de instituições internacionais prestigiadas, como o UCD Earth Institute and School of Archaeology, a University College Dublin (Irlanda), o Laboratório Reich (Harvard Medical School) e diversas instituições brasileiras, como o Departamento de Antropologia do Museu Nacional, a Universidade Federal do Rio de Janeiro e o próprio Museu do Homem do Sambaqui, uniram-se para trabalhar em parceria nas pesquisas.

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Na semana passada, a professora e arqueóloga Dr.ª Mercedes Okumura esteve em Florianópolis, no Museu do Homem do Sambaqui, para a seleção de amostras ósseas e obtenção de informações sobre a paleogenética dos primeiros ameríndios que habitaram a região de Santa Catarina. O trabalho ocorreu com o acompanhamento do responsável técnico e arqueólogo da instituição, Jefferson Batista Garcia. Após a autorização do IPHAN, as amostras ósseas, que consistem em menos de um grama por sepultamento, uma das técnicas mais sofisticadas já utilizadas no Ocidente, serão remetidas para análise aos laboratórios das instituições envolvidas no projeto.

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2018-02-23T22:27:13+00:00maio 3rd, 2017|

Acervo do Museu Homem do Sambaqui fará parte do 34º Panorama da Arte Brasileira

 

O Museu do Homem do Sambaqui “Pe. João Alfredo Rohr, SJ”do Colégio Catarinense está participando com o seu acervo da exposição 34°Panorama da Arte Brasileira, em São Paulo, de 03 de outubro a 18 de dezembro. São 16 peças em pedra que pertencem a sua coleção museológica.

A exposição 34°Panorama da Arte Brasileira terá como tema principal a origem da Arte Brasileira, a curadora e crítica de Arte Aracy Amaral fará um panorama da arte partindo da análise dos zoólitos – esculturas em pedras representando animais, encontradas nos Sambaquis da região sul e sudoeste do Brasil datadas do período pré Cabralino.

O Colégio Catarinense como é mantenedor de um museu que é referência nacional no sentido de abrigar uma das maiores reservas técnica arqueológica brasileira, foi procurado pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo através de alguns de seus especialistas, demonstrando o interesse de que essas peças fizessem parte dessa amostra. A partir desse contato e da importância de nosso museu que surgiu uma parceria do Museu do Homem do Sambaqui com o Museu de Arte Moderna de São Paulo.

2018-02-23T22:28:35+00:00maio 5th, 2016|

Entrega da medalha Mérito Cultural Cruz e Sousa em homenagem póstuma a Pe. João Alfredo Rohr

A noite de ontem (23 de novembro) foi de homenagens no Centro Integrado de Cultura, durante a entrega da medalha Mérito Cultural Cruz e Sousa. No total, sete pessoas e entidades com relevante contribuição ao patrimônio artístico e cultural catarinense receberam a premiação em 2015, como a artista plástica Lygia Helena Roussenq Neves e a Escola Municipal de Ballet da Casa da Cultura Fausto Rocha Júnior, de Joinville. Os outro cinco homenageados, estes de forma póstuma, foram o cineasta Penna Filho; Adolfo Boos Jr., escritos catarinense; os músicos da família Sousa – José Brasilício, Álvaro e Abelardo; o jornalista, historiador e advogado José Arthur Boiteux, e o padre jesuíta, professor e arqueólogo João Alfredo Rohr. O Diretor-geral do Colégio Catarinense, Afonso Luiz Silva, representou a comunidade escolar e os jesuítas na homenagem póstuma ao Pe. Rohr.

O Pe. João Alfredo Rohr, como ficou conhecido, nasceu em 1908, em Arroio do Meio, no Vale do Rio Taquari, à beira da Serra Gaúcha, em uma comunidade formada por descendentes de alemães luteranos e católicos. No seminário, Rohr realizou seus estudos ginasiais, tendo como professores e orientadores padres e irmãos jesuítas, em sua maioria, advindos da Alemanha. Após sua admissão como noviço, Rohr lecionou Filosofia Clássica durante três anos, em São Leopoldo, no Seminário Provincial de Nossa Senhora da Conceição, que, administrado pelos jesuítas, formava candidatos ao sacerdócio pertencentes a diversas congregações religiosas e dioceses do Sul do Brasil.      De 1933 a 1936, deu aulas ao nível ginasial, nesse mesmo seminário, de Aritmética, História Natural e Italiano. Consta dessa época sua primeira experiência como administrador de um museu de colégio jesuíta, que combinava gabinetes e laboratórios de Física, Química, Astronomia e História Natural. De 1930 a 1936, Rohr também escreveu oito pequenos artigos sobre temas de História Natural, os quais foram publicados na revista do Colégio Anchieta, de Porto Alegre. De 1937 a 1940, Rohr fez seus estudos teológicos e, em 1939, foi ordenado sacerdote.

Aos 33 anos, o Pe. Rohr foi enviado para trabalhar no Colégio Catarinense, em Florianópolis, administrado pelos padres jesuítas e fundado em 1905. De 1942 a 1964, lecionou Física, Química e Ciências Naturais, e, em decorrência de suas atividades pedagógicas, assumiu e ampliou o museu já existente no Colégio. De 1946 a 1953, foi reitor da comunidade dos jesuítas de Florianópolis, diretor-geral do Colégio Catarinense e presidente do Sindicato de Estabelecimentos de Ensino Primário e Secundário de Santa Catarina. Nesse período, empreendeu obras de ampliação e reforma do Colégio e garantiu a construção de uma casa de retiros.

Com os jesuítas, muitas áreas do conhecimento foram aprofundadas, destacando-se a Arqueologia. Como ciência que estuda a sociedade humana do passado por meio de elementos materiais, a Arqueologia contou com João Alfredo Rohr como um dos pesquisadores mais ilustres de Santa Catarina. Com ele, foi edificada uma das maiores pesquisas arqueológicas do Brasil, a partir da qual foi criado o Museu do Homem do Sambaqui.

Uma história de amor aos estudos conduziu João Alfredo Rohr a descobertas que deixaram um legado de informações à sociedade sobre o passado de nossos ancestrais catarinenses. No caminho de João Alfredo Rohr, “uma pedra” fez muita diferença.

Sob um olhar investigativo, ele arregaçou as mangas e, como um verdadeiro desbravador, adentrou nas pesquisas do passado por meio de materiais encontrados no território catarinense, constituído de sambaquis. Tal ação enriqueceu a pesquisa arqueológica, e hoje, todas as descobertas desse estudioso estão disponíveis no Museu do Homem do Sambaqui.

Os jesuítas e a comunidade educativa do Colégio Catarinense agradecem à Fundação Catarinense de Cultura e ao Conselho Estadual de Cultura pelo reconhecimento e pela justa homenagem ao Padre Rohr.

 

 

2018-02-23T22:28:42+00:00novembro 24th, 2015|

Pe. João Alfredo Rohr será homenageado com a Medalha do Mérito Cultural Cruz e Souza.

É uma honra para a comunidade escolar do Colégio Catarinense participar da cerimônia de outorga da Medalha do Mérito Cultural Cruz e Souza ao Pe. João Alfredo Rohr (in memoriam). A cerimônia acontecerá no próximo dia 23 de novembro, às 20h, no Centro Integrado de Cultura e será aberta ao público.

O Pe. João Alfredo Rohr, como ficou conhecido, nasceu em 1908, em Arroio do Meio, no Vale do Rio Taquari, à beira da Serra Gaúcha, numa comunidade formada por descendentes de alemães luteranos e católicos. No seminário, Rohr realizou seus estudos ginasiais, tendo como professores e orientadores padres e irmãos jesuítas, em sua maioria, provenientes da Alemanha. Admitido como noviço, Rohr lecionou Filosofia Clássica durante três anos, em São Leopoldo, no Seminário Provincial de Nossa Senhora da Conceição, que, administrado pelos jesuítas, formava candidatos ao sacerdócio pertencentes a diversas congregações religiosas e dioceses do Sul do Brasil.

De 1933 a 1936, deu aulas ao nível ginasial, nesse mesmo seminário, de Aritmética, História Natural e Italiano. É dessa época sua primeira experiência como administrador de um museu de colégio jesuítico, que combinava gabinetes e laboratórios de Física, Química, Astronomia e História Natural. De 1930 a 1936, Rohr também escreveu oito pequenos artigos sobre temas de História Natural que foram publicados na revista do Colégio Anchieta, de Porto Alegre. De 1937 a 1940, Rohr fez seus estudos teológicos e, em 1939, foi ordenado sacerdote.

Aos 33 anos, o Pe. Rohr foi enviado para trabalhar no Colégio Catarinense, em Florianópolis, administrado pelos padres jesuítas e fundado em 1905. De 1942 a 1964, lecionou Física, Química e Ciências Naturais, e, em decorrência de suas atividades pedagógicas, assumiu e ampliou o museu já existente no Colégio. De 1946 a 1953, foi reitor da comunidade dos jesuítas de Florianópolis, diretor-geral do Colégio Catarinense e presidente do Sindicato de Estabelecimentos de Ensino Primário e Secundário de Santa Catarina. Nesse período, empreendeu obras de ampliação e reforma do Colégio e garantiu a construção de uma casa de retiros.

Com os jesuítas, muitas áreas do conhecimento foram aprofundadas, assim foi com a Arqueologia. Como ciência que estuda a sociedade humana do passado por meio de elementos materiais, a Arqueologia tem João Alfredo Rohr como um dos pesquisadores mais ilustres de Santa Catarina. Com ele, foi edificada uma das maiores pesquisas arqueológicas do Brasil, da qual foi criado o Museu do Homem do Sambaqui.

Uma história de amor aos estudos conduziu João Alfredo Rohr a descobertas que deixaram um legado de informações à sociedade sobre o passado de nossos ancestrais que viveram no território catarinense. Entendemos que, no caminho de João Alfredo Rohr, “uma pedra” fez muita diferença.

Sob um olhar investigativo, ele arregaçou a manga e, como um verdadeiro desbravador, adentrou nas pesquisas do passado por meio de materiais encontrados no território catarinense constituído de sambaquis. Tal ação enriqueceu a pesquisa arqueológica. E hoje, todas as descobertas desse estudioso estão disponíveis no Museu do Homem do Sambaqui.

Sem dúvidas, a Pe. João Alfredo Rohr merece a homenagem por toda a sua devoção à vida em função do próximo, por promover a sua formação, compartilhar conhecimento e resgatar a história e cultura catarinense.

2018-02-23T22:28:44+00:00novembro 20th, 2015|

CERIMÔNIA DE ASSINATURA DO CONTRATO DO EDITAL ELISABETE ANDERLE

Aconteceu, no Centro Integrado de Cultura – CIC, no dia 23 de setembro, às 9h, a cerimônia de assinatura dos contratos dos vencedores do Edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura. Foram recebidas 965 inscrições para as sete grandes áreas abarcadas no edital.

“Tivemos um recorte muito bom do que o segmento cultural de Santa Catarina pode produzir em termos de arte e cultura”, disse, satisfeito, o secretário de Turismo, Cultura e Esportes, Beto Martins. Serão distribuídos em torno de 6 milhões de reais aos proponentes vencedores. O recurso será pago em parcela única, e o proponente terá até doze meses para a realização do projeto. No total, os membros do júri selecionaram 138 projetos, entre eles o projeto do Museu do Homem do Sambaqui “Pe. João Alfredo Rohr”, intitulado “Salvaguarda do Acervo Cerâmico  Pe. João Alfredo Rohr”.

             

O acervo do Museu do Homem do Sambaqui “Pe. João Alfredo Rohr, SJ”, é formado por diferentes coleções de arqueologia pré-histórica. Parte do material está em exposição permanente, e outra compõe a sua reserva técnica. A exposição permanente é voltada para ações educativas e oferece visitas guiadas a escolas públicas e particulares, ao público, em geral, e a pesquisadores. A reserva técnica (maior parte do acervo) está distribuída em diferentes salas assim designadas: sala de guarda do acervo lítico, sala de guarda do acervo osteológico humano e sala de guarda do acervo cerâmico das coleções de Carlos Berenhauser e das pesquisas do arqueólogo Pe. João Alfredo Rohr. O acervo cerâmico, objeto do projeto do edital, dos dois acervos, totaliza cerca de 70 mil peças (vasilhames inteiros, parcialmente inteiros e fragmentos) de vários tamanhos e diferentes procedências.

             

A verba será destinada para fazer as seguintes intervenções no acervo:

– Higienizar e acondicionar os objetos e fragmentos cerâmicos (por sítio, tamanho, tipo de decoração e camada arqueológica);

– Catalogar os aproximadamente 32 mil objetos e fragmentos do acervo cerâmico do Pe. João Alfredo Rohr e criar um banco de dados digital do acervo;

– Recuperar e organizar dados e informações sobre a procedência dos objetos e fragmentos de cerâmica (de que sítios foram retirados; de que camadas arqueológicas; quantificação de peças);

– Divulgar o projeto e as ações do museu para difusão e fomento de outras iniciativas.

Na ocasião, o Diretor-geral do Colégio Catarinense, Pe. Mário Sündermann, ressaltou que “a contemplação e aprovação do projeto traz, ao público, por um lado, parte da riqueza cultural presente no Museu do Homem de Sambaqui do Colégio Catarinense e, por outro, coloca em pauta a importância de se valorizar e preservar conhecimentos e saberes adquiridos ao longo dos séculos e organizados de forma exemplar pelo Pe. João Alfredo Rohr, SJ, e pela sua equipe. Com o projeto, serão melhoradas as condições do precioso acervo cerâmico do museu, que é riqueza cultural do Catarinense e está à serviço da comunidade de Florianópolis e região”.

2018-02-23T22:32:58+00:00setembro 27th, 2013|

Projeto de restauração do museu do Homem do Sambaqui

O Colégio Catarinense reuniu, na tarde do dia 10 de maio, importantes profissionais ligados à conservação de museus. O objetivo do encontro foi o lançamento do projeto de restauração do museu do Homem do Sambaqui, coordenado pelo professor Sílvio Ernesto Bleyer. “Os museus são casas que guardam e apresentam sonhos, sentimentos, pensamentos e intuições que ganham corpo através de imagens, cores, sons e formas. Os museus são pontes, portas e janelas que ligam e desligam mundos, tempos, culturas e pessoas diferentes. Os museus são conceitos e práticas em metamorfose.” (http://www.museus.gov.br/museu/)

Segundo a museóloga Ana Lúcia Bergamo, restauradora da empresa Aiga, de Criciúma, contratada para montar o Plano Museológico do Museu do Homem do Sambaqui, esse plano é uma ferramenta imprescindível para regular o funcionamento de todo museu. Através desse estudo, levantam-se as demandas necessárias para cada uma das áreas de atuação dos museus. Assim, a necessidade de restauro, expansão do acervo, rotatividade de exposições, público-alvo, e a programação detalhada para atender a cada item descrito acima são especificadas.

A reunião contou também com a participação do arquiteto Jonathan Carvalho, especializado em restauro de patrimônio histórico. Ele chefia uma equipe multidisciplinar, que levantará dados acerca da infraestrutura do prédio, capacidade luminotécnica e elétrica, alvará de bombeiros, cobertura, enfim, tudo o que demanda uma boa estrutura para receber o importante acervo garimpado por décadas pelo arqueólogo Padre João Alfredo Rohr, SJ. O Padre Rohr dedicou-se ao estudo de sambaquis no litoral de Santa Catarina, levantando mais de 400 sítios em Santa Catarina através de um minucioso trabalho de campo, promovendo uma verdadeira “varredura” de determinadas regiões, localizando e identificando sistematicamente numerosos sítios arqueológicos.

Os técnicos terão o prazo de 120 dias para apresentar, de forma conclusiva, o Plano Museológico, e esperam a obtenção de recursos do IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus) e do MinC (Ministério da Cultura). Para isso, a equipe conta, ainda, com a participação do consultor Sérgio Sartori, que buscará valorizar os apontamentos técnicos, implementando projetos de parcerias que tornem o Museu do Homem do Sambaqui uma referência no estado. Sartori tem por objetivo executar o gerenciamento do projeto através da organização do processo burocrático para viabilizar a captação de recursos.

Estiveram presentes também os funcionários do Museu, professor Sidney e Diego, responsáveis pela guarda do acervo, atendimento ao público e implementação de sua proposta didático-pedagógica. Eles acreditam que a profissionalização organizada resultará numa proposta de museu cada vez mais aberto à pesquisa e às escolas.

2018-02-23T22:33:59+00:00maio 17th, 2013|

Museu do Homem do Sambaqui abre as portas para visitação

Você já imaginou passear por um museu que, além do material histórico exposto, nos proporciona ouvir histórias detalhadas sobre a cultura da época? Essa é a aventura que o educador de museus, Sidney Linhares, promete para cada visitante que passa pelo “Museu do Homem do Sambaqui”.

Na tarde de hoje, 21 crianças do “Centro Educacional Lucaz”, do bairro Capoeiras, tiveram a oportunidade de conhecer e ver de perto esqueletos com aproximadamente 1000 anos, além de cerâmicas da tradição tupi-guarani, falcões, onças, moedas dos períodos Colonial, Imperial e Republicano, coleção de carapaças de vieiras, rochas metamórficas, com dois bilhões de anos, e muito mais.

As crianças tiveram o privilégio de ouvir histórias, com direito a comentários inusitados. Um dos que gerou discussão entre as crianças foi sobre a quantidade de utensílios que o homem julgava essenciais para serem enterrados com ele. “Os homens eram enterrados com 8 objetos: o arco e a flecha, a tenda, a proteção do pé, o cocar, o machado, uma faca e uma cuia. E vocês, crianças? Quantas coisas vocês têm no armário?” O questionamento de Sidney fez todas silenciarem por um momento, refletindo acerca da pergunta.

Atendendo, em média, 2 mil e quinhentas pessoas por ano, Sidney diz que essa abordagem pedagógica nasceu e se fortaleceu devido à Pós-graduação em Pedagogia Inaciana. “Eu aprendi muito, e isso contribuiu fundamentalmente para que eu pudesse desenvolver todo esse contexto”, revela o educador.

Para quem busca conhecer o Museu do Homem do Sambaqui, com todo o acervo arqueológico, geológico, zootécnico, entre outros, está feito o convite.

Agendamento para visitas são feitos somente por telefone.

Endereço

Rua Esteves Júnior, 711,
Centro – Florianópolis – SC
CEP 88035-130
Fone: 55 (48) 3251-1516 (Vespertino: 13h30min às 17h30min)
Email: museu@colegiocatarinense.g12.br

2018-02-23T22:36:29+00:00março 13th, 2012|
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