No último sábado (06), alunos líderes de classe do CC foram convidados a refletirem sobre a arte de liderar. Por que arte? Porque não é possível liderar sem sensibilidade.

Um líder possui seguidores, e nessa relação estão implícitas a admiração e o respeito. Essa relação precisa ser construída, sim, construída, pois um líder e uma equipe bem solidificada não nascem prontos.

Com a intenção de trabalhar esse tema, foram abordadas algumas características que um líder deve, cada vez mais, desenvolver: empatia, capacidade de delegar, motivação, feed back, curiosidade, insatisfação, entre outras.

Foram ressaltadas as diferenças entre o chefe, como sendo aquele que controla e dá ordens, uma postura que cada vez menos se sustenta nos dias de hoje, e o líder, aquele que delega e é flexível. Atenção: flexível, não permissivo.

O ponto central da palestra foi a construção de algumas advertências, ou seja, um líder sabe se comunicar, e quanto mais ele puder desenvolver a sua inteligência emocional, mais preparado estará. Sabemos que muitas pessoas são contratadas pelos seus currículos e demitidas por suas atitudes.

Sendo assim, os alunos foram convidados a fazerem uma pequena autoanálise através de imagens, as quais eram interpretadas pela psicóloga. Com isso, todos foram levados a refletir sobre a importância de entrar em contato com as emoções e conhecê-las. Como exemplo, citaram-se os medos, pois o corajoso é aquele que enfrenta o medo, e não aquele que nada teme.

Foi realizada uma pequena introdução à capacidade de escutar, e não apenas ouvir, isto é: a necessidade de deixar de lado os seus conceitos, tentar entender a escolha do outro e atentar-se ao encaminhamento das conversas, as quais, muitas vezes, convergem para disputas de poder.

Refletimos um pouco sobre o narcisista como sendo aquela pessoa que tudo pensa que sabe, e com isso não cria espaço para o outro existir ou se desenvolver; foi discutida a importância de incluir todo o grupo no processo, tentando ressaltar as qualidades de cada um e suas diferenças e o quanto elas se complementam, pois não precisamos de uma equipe onde todos são iguais. Nesse momento, foi vista a importância de enxergarmos o mundo com singularidade e flexibilidade.

Quanto mais nos conhecemos, mais estaremos aptos a nos relacionar com os outros de uma forma mais justa, conseguindo, assim, harmonizar nosso lado racional e emocional.

A intenção da palestrante foi suscitar, nos adolescentes, o desejo de se conhecerem cada vez mais, para, assim, poderem administrar melhor as suas frustrações, visto quão grande é o desafio da convivência em grupo, seja ela qual for.

Um líder não é aquele que tem o dom de liderar, aquele que alguns acreditam que nasce pronto, e sim aquele que se implica nesse processo infinito de aprendizagem que é a ARTE DE LIDERAR. Como resultado, o líder olha para os seus liderados e enxerga neles satisfação, realização e orgulho de pertencer àquela equipe. Esse sentimento de pertença é o que nos sustenta!

Precisamos ser reconhecidos, valorizados, admirados, respeitados. Um verdadeiro líder é aquele que nos “ENXERGA”. Se não for dessa forma, serão apenas palavras vazias que o vento leva, e nada resta.

Atenção! O mundo de hoje nos convida a vivermos cada vez mais na superficialidade e, consequentemente, alienados e distantes dos nossos desejos.

Andréa Serra Alvarenga
Psicóloga com formação em Psicanálise e Terapia Familiar

Acesse o link abaixo para saber mais sobre o encontro através do relato de Ana Luiza Ruskowski Mees, aluna do 9ºA:

http://www.colegiocatarinense.g12.br/wp-content/uploads/2014/09/relato-aluna.pdf