O aluno do 3º ano A do Colégio Catarinense ganha medalha de ouro no Campeonato Estadual de Basquete de 2012. Ele tinha 12 anos quando foi apresentado à equipe da ADIEE –AVAÍ – FME, e o pai, Lauro Bicca, foi quem descobriu o talento do filho.
Há cinco anos no mesmo time, Bruno revela que os treinos são puxados: “encontramo-nos no Instituto Estadual de Educação quatro vezes por semana, e o tempo de treino chega a duas horas e meia aproximadamente”.

Antes de se tornar campeão do basquete, Bicca, como é chamado pelos amigos, ganhou medalha de ouro em outro esporte, o futsal. “Ganhei o Campeonato Estadual de Futsal, mas depois senti que era hora de parar e tentar outro esporte. Aproveitei que meu pai era treinador de basquete e resolvi ver como era”, compartilhou o apaixonado por cestas. O início da carreira nas quadras de basquete aconteceu em um Campeonato de Basquete Mirim, em que três times participavam: Astel, Colegial e ADIEE. Eles formavam a ACA. “Eu joguei, destaquei-me, e, assim que acabou o campeonato, convidaram-me para começar a treinar no Instituto Estadual de Educação”, afirmou o esportista.

Bruno afirma que antes o basquete perdia jogadores para o vôlei e que, agora, os “caras altos” estão “experimentando” o basquete, gostando e ficando. Para o jovem jogador, o basquete em Santa Catarina está crescendo bastante, principalmente porque agora ele faz parte das Olimpíadas. “O Brasil todo está redescobrindo o basquete. Existe uma maior visibilidade, tanto na televisão aberta como na fechada. Há uma procura por jogadores brasileiros para jogar na Europa ou Estados Unidos. Em Santa Catarina, existe um representante brasileiro na NBA que é o Tiago Splitter”, refletiu o aluno Bruno.
Para entrar no time, segundo o campeão, anualmente é realizada uma peneira, cujo objetivo é o de encontrar novos talentos. Cerca de dois a três jogadores saem para jogar em outros times.  No ano de 2012, três jogadores saíram, um para o Rio de Janeiro, outro para Minas Gerais e outro para uma universidade nos Estados Unidos.

Mesmo reconhecendo que pensa na possibilidade de construir uma carreira no esporte, Bruno também quer fazer a faculdade de Administração de Empresas. Sua referência são os pais: “meus pais sempre me apoiaram naquilo que eu gostava, mesmo quando eu jogava outro esporte. Meu pai, mesmo sendo treinador de basquete, nunca me obrigou a nada. Quando eu decidi entrar no basquete ele disse: ‘Você vai ter de fazer por merecer, vou cobrar mais de você, eu acredito em você’”, compartilhou o filho do Sr. Lauro e da Dona Léia. Os pais e a escola, além do apoio ao esporte, também faziam uma exigência: “tinha a questão das notas, pois só poderia jogar se tivesse boas notas. Eu nunca tive notas baixas e isso se deve às referências que tive”.

Quando questionado sobre um sonho, ele responde rápido:
“Jogar a final das Olimpíadas contra os Estados Unidos, no Brasil, representando meu país porque eu adoro o Brasil. Iria ser muito bom ganhar deles aqui!”