O jesuíta Pedro Fabro, a quem o papa Francisco considera um modelo, será proclamado santo dentro de pouco tempo, seguramente antes do Natal. O processo encontra-se em fase final na Congregação para a Causa dos Santos. A expectativa é que a bula pontifícia com que Francisco canonizará o primeiro dos companheiros de Inácio de Loyola  chegue em dezembro.

Pedro Fabro nasceu na alta Sabóia (França), em 1506, e morreu em Roma (Itália), em 1547, poucas semanas antes de ir para o Concílio de Trento. Foi proclamado beato em setembro de 1872, com um texto da Congregação para os Ritos que foi ratificado por Pio IX, que aprovou o culto difundido em Sabóia e entre os membros da Companhia de Jesus. Agora, o Papa Francisco estenderá o culto litúrgico à Igreja universal.

A canonização de Pedro Fabro tem um significado muito especial, pois o jesuíta é “um modelo de espiritualidade e de vida sacerdotal do atual sucessor de Pedro e, ao mesmo tempo, uma das referências importantes para compreender seu estilo de governo”. Fabro, que viveu na época em que a unidade da Igreja sofreu grandes desafios, permaneceu alheio às disputas doutrinais e “orientou seu apostolado para a reforma da Igreja, convertendo-se num precursor do ecumenismo”.

Foi o próprio Francisco que falou de Pedro Fabro na entrevista publicada pela revista La Civiltà Cattolica, indicando alguns aspectos essenciais de sua figura: “O diálogo com todos, inclusive com os mais afastados e com os adversários, a piedade simples, talvez, uma certa ingenuidade, a disponibilidade imediata, seu atento discernimento interior, o fato de ser homem de grandes e fortes decisões e, ao mesmo tempo, capaz de ser doce”.

Fonte: jornal La Stampa (Itália)