O concurso Blickwechsel ein Jahr in Deutschland, promovido pela Youth for Understanding (YFU) e o Pasch/ Instituto Goethe, é a chance de quem estuda alemão em uma escola FIT passar um ano estudando na Alemanha.

Enviado por PASCH no Brasil no Projetos e Concursos

O tema deste ano foi “Eu aprendo, você aprende, nós aprendemos”, e quem ganhou foi o Matheus Martins da Silva, do Colégio Catarinense, em Florianópolis.

Agora chegou a hora do Matheus ir para a Alemanha! Na mala, além dos casacos, algumas dúvidas… Coincidentemente, o ganhador da última edição do Blickwechsel, o Arthur é do mesmo colégio do Matheus! Matheus acaba de partir para, assim como Arthur, passar um ano na Alemanha.

Confira um pouco do bate-papo entre os dois:

Matheus: Como foi sua relação com os jovens alemães? Eles compreenderam sua dificuldade com o idioma e foram atenciosos?
Arthur: Os jovens alemães com quem eu tive contato sempre foram legais com isso, sabendo que o aprendizado da língua alemã pode ser bem complicado para estrangeiros. Até para eles mesmos, muitas vezes, acaba sendo difícil. Para os jovens alemães era sempre muito interessante saber o porquê de alguém estar querendo aprender a língua deles, e também estavam sempre abertos para ajudar com dúvidas na escrita de palavras, pronúncia e gramática na medida do possível.

Matheus: A alimentação é muito diferente da brasileira? Você se adaptou com facilidade? Qual era seu prato predileto?
Arthur: É um pouco diferente sim. Achei a comida mais temperada e mais forte. Havia vários pratos alemães com coisas que eu nunca tinha visto ou comido na vida, e isso exigiu um pouco que eu estivesse bem aberto para experimentar coisas diferentes. Mas nada muito radical. Não tive que comer insetos, por exemplo.  Uma outra diferença que eu notei é que na Alemanha se come bastante pão. E a variedade de pães é imensa. Só de falar disso já fico com saudade. Meu prato alemão favorito era o Schnitzel!

                                     

Matheus: Qual a coisa que você sente mais falta da Alemanha?
Arthur: É difícil responder, depois de todas as coisas que eu vivi lá e que se tornaram parte da minha rotina. As pessoas que eu conheci lá marcaram bastante minha experiência, tanto que muitas delas eu ainda confundo com pessoas aleatórias andando pela rua na minha cidade É um sentimento estranho. Parece que a mente acha que certas pessoas ainda fazem parte do nosso dia a dia. Ou então as pessoas são parecidas mesmo com quem eu conheci no intercâmbio.  De uma coisa eu tenho certeza: elas fazem falta!

Matheus: O que você diria para alguém sobre a sua experiência?
Arthur: Eu posso dizer que foi a melhor coisa que vivi até hoje na minha vida. Meu ano na Alemanha ficará registrado na minha memória para sempre. Meu sonho é retornar em breve. Pretendo frequentar a Universidade na Alemanha, tamanha a minha identificação e adaptação. E estou me preparando para isso. Viver na Alemanha neste último ano para mim foi uma experiência de muito crescimento. Pude enxergar o mundo de outra perspectiva, não só por meio do contato com os alemães, como também por meio do contato com outros intercambistas do mundo inteiro; tomei um banho de cultura, que vai influenciar minha vida para sempre; e aprendi muito, muito mesmo, indo muito além da língua Alemã, me fazendo questionar atitudes, hábitos e formas de pensar. Valeu muito a pena e eu estou muito feliz de ter participado dessa experiência.

           


A professora Lourdes, do colégio Catarinense, orientou o trabalho do Matheus e o Arthur. E os dois ganharam a bolsa! Aqui vão algumas dicas dela para se sair bem e ganhar a bolsa no ano que vem!

               

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