Desde ontem (19/12), o Colégio Catarinense conta com um novo Diretor geral. Substituindo Pe. João Claudio Rhoden, Pe. Eduardo Roberto Severino, SJ, foi empossado na Direção geral da escola, durante cerimônia realizada na Igreja Santa Catarina de Alexandria.
A cerimônia contou com a presença do Pe. Élcio Toledo, Sócio do Provincial dos Jesuítas do Brasil, do professor Fernando Guidini, Presidente da Rede Jesuíta de Educação (RJE), do Pe. Nereu Fank, Diretor geral do Colégio Medianeira (PR), do Pe. Jorge Knapp, diretor geral do Colégio Anchieta (RS), dos diretores do Colégio Catarinense, Fábio Luiz Marian Pedro (Administrativo) e Louisa Carla Farina Schröter (Acadêmica), do Pe. Vitor Galdino Feller, Vigário geral da Arquidiocese de Florianópolis, além de outros convidados leigos e jesuítas, aí incluídos representantes da Associação Antônio Vieira (mantenedora), do Conselho Estadual de Educação, do SINEPE-SC, da ANEC-SC, da Associação de Pais e Professores do Colégio Catarinense, do Grupo Escoteiro Anchieta e da comunidade educativa em geral.
Uma missa celebrativa antecedeu a transmissão do cargo, que aconteceu na própria Igreja. Padre Eduardo é natural de Cataguases (MG) e em 1999, com 25 anos, iniciou seu percurso de acompanhamento e discernimento espirituais junto à Companhia de Jesus. O novo Diretor do Colégio Catarinense é graduado em Filosofia e Teologia pela Faculdade de Filosofia e Teologia – FAJE, mestre em Teoria Literária pela PUC/RJ e em Teologia pelo Centre Sèvres – Faculté Jésuites de Paris. Atualmente, está em fase de conclusão do seu doutorado em Teologia Pastoral (FAJE), cuja tese será defendida em fevereiro de 2023.
A cerimônia de transmissão de cargo foi precedida de uma homenagem dedicada ao Pe. João Claudio, que assistiu a um vídeo em memória de alguns momentos das suas passagens pelo Catarinense. Natural de Montenegro (RS), Pe. João Claudio administrou o Colégio Catarinense em dois momentos (de 2000 a 2010 e de 2019 a 2022). “Totalizo 17 anos nesta instituição, como aluno, professor e diretor. Foram anos de muito estudo, trabalhos, desafios, incertezas e gratificações”, destacou. Em seu discurso, o ex-diretor ressaltou momentos marcantes em sua trajetória pessoal e a descoberta de sua vocação: “Os primeiros sinais de identidade com educação manifestaram-se em minha vida ainda na formação básica, nas aulas de catequese, em uma pequena escola paroquial de Salvador do Sul (RS) e em Florianópolis. Essas experiências deram vez a um maior envolvimento com a educação, tanto na catequese, já durante o Noviciado, quanto em aulas semanais de Religião”.
Em sua fala de despedida do Colégio Catarinense, Pe. João Claudio fez um agradecimento especial aos educadores da escola pelo apoio ao trabalho desenvolvido, às famílias de alunos pela confiança na educação dos filhos e a Deus, “por todas as graças, dons e benefícios recebidos, além dos muitos frutos que permitiu colherem milhares de crianças, adolescentes e jovens, durante tantos anos de serviço prestado ao apostolado educativo da Companhia de Jesus”, finalizou.
O presidente da RJE, professor Guidini, ressaltou os mais de 50 anos dedicados à educação por Pe. João Claudio, “que soube vivenciar e nos conduzir ao magis, testemunhando as condições para que não nos afastássemos da missão confiada à Companhia de Jesus por meio dos nossos colégios, sendo uma liderança inspiradora para projetar nossa missão aos desafios mais elevados da educação”.
Em nome da Rede Jesuíta de Educação, o presidente da RJE desejou boas-vindas a Pe. Eduardo, novo Diretor do Colégio Catarinense, e salientou a importância das novas atribuições, entre elas, garantir que a identidade inaciana seja traduzida no modo como o Colégio organiza seu planejamento nas diferentes áreas, em diálogo com os jesuítas da obra e com o Núcleo Apostólico. “A fidelidade criativa é marca daqueles que, em seu modo de proceder, vivenciam o contínuo exercício do discernimento. Nesta caminhada, o senhor não estará só, pois o corpo apostólico, formado por colaboradores, jesuítas e leigos, será seu primeiro interlocutor, somado às famílias dos estudantes”, finalizou.
Na sequência, Padre Élcio, representando o Provincial, Pe. Mieczyslaw Smyda, fez a leitura da Carta de Nomeação do novo Diretor, lembrando que a escolha do Pe. Eduardo para o cargo deu-se a partir de escutas à Consulta da Província, ao Secretário para Educação e ao Diretor da RJE, quando, nas palavras do Pe. Smyda, Pe. Eduardo “foi considerado apto para o exercício dessa missão no Colégio Catarinense”, uma vez que “seu histórico pessoal, religioso e intelectual lhe confere autoridade para o exercício deste cargo”.
Após a leitura da nomeação e já oficialmente Diretor geral do Colégio Catarinense, Pe. Eduardo afirmou, em seu discurso, que “Um jesuíta recebe uma missão. Ele não se dá uma missão. Ele a recebe como um dom de Deus na sua vida. O Provincial destina para que sejamos um com os outros na missão da Companhia de Jesus no Brasil.” O novo Diretor lembrou que estar unido à comunidade educativa da RJE significa estreitar intercâmbios, “a fim de que sejamos uma rede de centros inovadores de aprendizagem integral, contribuindo para a formação de cidadãos competentes, conscientes, compassivos, criativos e comprometidos.” Por fim, Pe. Eduardo lembrou que a Direção geral busca permanentes atualização e renovação, por isso, para cumprir sua missão educativa, precisa da parceria indispensável dos pais e responsáveis de alunos, além dos colaboradores acadêmicos e administrativos.
O Colégio Catarinense completará, no próximo ano, seu 118º aniversário de criação. Fundado em 1905, a pedido do então governador Vidal de Oliveira Ramos, o Colégio Catarinense nasceu em 30 de agosto daquele ano, por meio de um contrato entre o Governo do Estado de Santa Catarina e a Companhia de Jesus/Sociedade Antônio Veira (ASAV).
Atualmente, estão matriculados cerca de 1.900 alunos no Colégio Catarinense, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. Todos eles, ao cruzarem os espaços físicos do Colégio todos os dias, reafirmam nossa vocação em formar homens e mulheres de bem, que vivenciam a máxima inaciana de “Em tudo amar e servir”.