O município como objeto de estudo
Já em sua décima edição, o projeto “Municípios Catarinenses: Pluralidade Cultural e Construção da Identidade Cidadã” promove, a cada ano, uma série de reflexões juntamente com os(as) alunos(as) do segundo ano do Ensino Médio do Colégio Catarinense. Nesta edição, os(as) estudantes se debruçarão sobre a realidade de sete municípios do nosso Estado: Balneário Camboriú, Biguaçu, Brusque, Joinville, Navegantes, São José e Urussanga.
O objetivo principal do projeto é sensibilizar os(as) jovens quanto à complexidade das questões que envolvem a educação, a saúde, o meio ambiente e a política – os chamados eixos de pesquisa –, com vistas ao desenvolvimento do pensamento crítico. Somado a isso, o levantamento de informações a partir de pesquisas conduzidas sob a orientação dos(as) professores(as) da série pretende exercitar o repensar de algumas ações públicas e privadas, com vistas ao bem-estar da coletividade.
A aplicação do projeto “Municípios Catarinenses” leva em conta as cinco dimensões da prática pedagógica inaciana: contextualização, experiência, reflexão, ação e avaliação. Assim que o projeto é apresentado aos alunos, realiza-se o sorteio para a definição do município que cada sala visitará. A seguir, ocorre a divisão das salas em grupos, cada um deles responsabilizando-se por um eixo de pesquisa dentro de cada município. Então se inicia a seleção de materiais para leitura, que abordam desde a história local, tradições, características geográficas, até a situação político-econômica, dados envolvendo a educação, a saúde e projetos vinculados ao meio ambiente do local. Além disso, os(as) alunos(as) se dedicam à elaboração de perguntas relacionadas aos eixos de pesquisa: tudo com vistas ao dia das visitas aos municípios.

Nos encontros com autoridades públicas e profissionais vinculados aos eixos de pesquisa, os(as) estudantes têm a oportunidade de se informar diretamente com quem trabalha em segmentos vitais dos municípios. Além disso, a experiência in loco faz com que os(as) alunos(as) possam formar sua própria visão a respeito de determinados assuntos, pois, além de ouvirem a versão oficial, têm a oportunidade de conversar com os munícipes – já que o momento batizado de “diálogo com a população”, que ocorre por meio de entrevistas aos transeuntes nas regiões centrais das cidades visitadas, possibilita esse cotejamento.
As visitas aos sete municípios, ocorridas no último dia 26 de abril, proporcionaram aos(às) alunos(as) do Colégio Catarinense um momento de aproximação a realidades bastante distintas entre si, o que é apenas uma das etapas do projeto. A partir dos dados colhidos antes, durante e depois das visitas, das reflexões e da organização das informações, os(as) jovens terão de apresentar um seminário para cada município – que é assistido pelos envolvidos no projeto –, bem como elaborar uma revista a partir das reflexões e do mapeamento desenvolvidos para cada município. Essas etapas ocorrerão no mês de agosto.
Quanto às impressões pós-viagem, Isadora Zilli Wahlheim, aluna do 2° ano B, destacou os contatos interpessoais: “nossa cidade foi Navegantes, que é conhecida por sua bela natureza e paisagens exóticas. A viagem proporcionou uma ótima integração, tanto com os(as) habitantes de Navegantes como entre os(as) alunos(as) e professores(as) do Colégio”. Já para Débora Pias Mroczek, aluna do 2° ano C, “o município de Urussanga foi uma surpresa para todos(as) os(as) alunos(as). Por ser uma cidade pouco conhecida e do interior, partimos com a visão de que encontraríamos bairros malcuidados. Ao chegarmos lá, fomos surpreendidos por uma Urussanga completamente diferente do que havíamos imaginado, bem cuidada, com áreas verdes, centros comerciais organizados e moradores bastante receptivos”.









Outra atração organizada pelo Serviço de Orientação Pedagógica e pela Biblioteca foi a sessão de autógrafos da autora Eliane Veras da Veiga. Os(as) alunos(as) do 3º ano do Ensino Fundamental I ficaram empolgados(as) com a criadora do livro “das Pandorgas”. “Ela deu um autógrafo para mim e disse que teve a ideia de escrever o livro dormindo. No sonho, ela estava viajando em cima de uma pipa gigante e então ela escreveu e contou o que aconteceu para os filhos e para os netinhos dela. Eles disseram que ela tinha de melhorar a história, que depois virou um livro”, compartilhou a aluna Gabriela Fontes.







A equipe do Serviço de Orientação Educacional do Colégio Catarinense acredita que a jornada contribui para o cultivo da espiritualidade e para a missão evangelizadora da Igreja e da Companhia de Jesus.À tarde, foi organizada uma gincana com várias tarefas educativas e esportivas, buscando desenvolver a convivência, a cooperação, a consciência ecológica, o lazer e o espírito de coleguismo. Nessas atividades, é trabalhado o valor da liderança, estimulando as crianças a darem o melhor de si – MAGIS – em cada desafio. “Esse projeto soma com a proposta maior do Colégio de uma formação humana e cristã integral, educando as crianças e adolescentes para uma vida plena, pautada nos valores evangélicos”, afirmou o professor Renato Guisleni, também responsável pela Jornada na Lagoa do Peri.






















