Pneumologista conversa com alunos e alerta sobre os perigos do uso de cigarro eletrônico
O uso entre adolescentes de cigarros eletrônicos, popularmente conhecidos por vapes, tem chamado a atenção de especialistas em saúde mental e educação. Pesquisas recentes, publicadas em setembro pela revista científica “Journal of the American Medical Association”, destaca que fatores como quadros depressivos, solidão e estresse podem atuar como gatilhos para o uso de vapes por jovens. Esses estudos traçam um perfil de usuários que inclui adolescentes entre 12 e 17 anos, com pico de uso aos 14 anos. Um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia identificado que 16% dos adolescentes experimentam o cigarro eletrônico aos 13 anos, e que esse percentual sobe para 32% aos 15 anos. No Brasil, dados do IBGE indicam que cerca de 17% dos adolescentes de 13 a 17 anos já utilizaram o dispositivo.
Com o objetivo de alertar os jovens sobre os riscos à saúde física e mental associados ao uso de cigarros eletrônicos e outras substâncias, o Colégio Catarinense promoveu um ciclo de palestras para os alunos do 9º ano com a pneumologista Adriana Knabben, antiga aluna do Colégio. Na ocasião, a médica explicou que compostos químicos do vape, como a nicotina, podem causar dependência, além de estarem relacionados a problemas respiratórios e cardiovasculares. Ela ressaltou, ainda, que muitos jovens buscam esses dispositivos na tentativa de lidar com questões emocionais, como a ansiedade e o isolamento, sem perceber que o consumo pode agravar esses sintomas e levar a outros problemas. Durante o encontro, a palestrante destacou também os perigos de outras drogas, reforçando a importância de que os adolescentes tenham informações claras sobre o impacto do consumo de substâncias.
Para a aluna Samantha Schmidt Luz, do 9º ano B, a palestra foi importante para mostrar a verdadeira face das drogas. “É importante levar essa aula, essa palestra, para a vida, porque aprendemos que drogas não são brincadeira, e que o uso delas não têm a ver com fama ou popularidade, mas sim com os danos que podem trazer para toda a nossa vida, afetando o trabalho, a escola e outros aspectos. Como essas substâncias são viciantes, representam um grande perigo para a saúde mental e podem causar doenças.” Já para o aluno Ricardo Willemann Medeiros, do 9º ano A, o mais interessante foi conhecer o efeito que o vape traz nos pulmões. “O que eu achei mais interessante da palestra foi ver os pulmões, como que eles ficam depois de um tempo usando vape e tabaco.”
A médica ressalta que o uso do vape entre os adolescentes é extremamente preocupante. “O uso do cigarro eletrônico é um tema muito atual, que surgiu nos últimos anos. O que me trouxe aqui e o que mais me preocupa é a exposição dos jovens a essas substâncias, aos vapes, que contêm uma alta concentração de nicotina em sua formulação. A preocupação é com as consequências dessa exposição no cérebro em desenvolvimento dos adolescentes, que é extremamente vulnerável a transtornos de desenvolvimento, psiquiátricos e comportamentais. Além disso, há um risco elevado de dependência química no futuro devido ao uso prolongado.”
A professora Juliana Faoro, do Serviço de Orientação de Aprendizagem, responsável pelo projeto de Saúde Mental para os alunos do 9º ano, lembra que há uma preocupação real do Colégio Catarinense em levar esse tipo de informação aos adolescentes. “Ao longo do ano, temos realizado diversas atividades com os alunos enfocando temas como o combate ao uso de drogas, à exposição demasiadas às redes sociais, o combate ao bullying e cyberbullying, entre outras propostas pedagógicas que visam a alertar os jovens e adolescentes sobre os perigos da atualidade”, pontuou.
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