Alunos do Novo Ensino Médio participam de palestra sobre a algicultura e ganham lanche saboroso feito com painço e chá de hibisco
O Colégio Catarinense realizou, nesta terça-feira (5), como parte da Semana PEA/UNESCO 2023, a palestra sobre algicultura para os alunos da 2ª série do Novo Ensino Médio (NEM). A algicultura, ou cultivo de macroalgas, é um campo de estudo importante devido às múltiplas aplicações das macroalgas em diversos setores, como alimentação, indústria farmacêutica, cosméticos e bebidas, entre outros.
Os mares e oceanos têm um papel fundamental para a vida na Terra, uma vez que cobrem cerca de 70% da superfície do planeta. Os oceanos oferecem alimento, ajudam a regular o clima e geram grande parte do oxigênio necessário à vida. Também auxiliam na economia mundial, desde a pesca, passando pelo transporte marítimo e o turismo. Por isso, a algicultura tem se mostrado uma alternativa econômica e sustentável.
As macroalgas vêm sendo cultivadas há séculos, com registros de cultivos por volta de 1650, desenvolvidos e direcionados à produção de alimento humano em países com alto consumo de macroalgas marinhas, como Japão, Coréia e China. Atualmente, além desse uso, há também a utilização para outros fins, como na indústria de ração para animais e bioestimulantes.
A palestra foi ministrada pelo agrônomo Fábio Brognoli, que também tem atuação no campo da maricultura. Ele compartilhou suas experiências e seus conhecimentos com os jovens estudantes, destacando a importância de estabelecer uma conexão entre a teoria e a prática. “Acho bastante interessante a proposta do Catarinense, porque a gente pode conversar com os alunos e fazer uma troca de experiências, trazer a realidade pra dentro da sala de aula e incorporar a realidade local às atividades de aprendizado.”
Já os estudantes das turmas da disciplina eletiva de “Cidadania Global e Direitos Humanos”, também da 2ª série do NEM, tiveram um momento diferente e muito saboroso, regado à chá de hibisco e cupcake de painço. O evento Semana PEA/UNESCO acontece entre os dias 21 de agosto e 6 de setembro, buscando oportunizar discussões a respeito de assuntos emergentes propostos pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que exigem comprometimento e novas atitudes.
A década dos Oceanos
Em 2015, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma agenda para o desenvolvimento sustentável, na qual foram estabelecidos os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, as ODs, que deveriam ser seguidas por todas as nações até 2030. O Objetivo 14 da Agenda 2030, intitulado Vida na Água, visa à conservação e promoção do uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos.
No ano seguinte à Assembleia Geral, aconteceu a primeira avaliação mundial dos oceanos, que apontou urgência para um gerenciamento sustentável dos oceanos. Por isso, foi proclamada a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, a ser implementada entre os anos de 2021 a 2030, buscando cumprir os compromissos da Agenda 2030, com foco no ODS 14 e correlatos, e unir esforços de todos os setores relacionados ao mar, a fim de reverter o ciclo de declínio na saúde do oceano e criar melhores condições para concretizarmos o desenvolvimento sustentável.
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