De quarta a sexta-feira (11 a 13 de setembro de 2013), o Colégio Catarinense promove a 4ª edição da Feira do Livro. O local do evento é o Ginásio Padre Nunes e, neste ano, a Feira reunirá alguns representantes de diferentes editoras do país. A proposta é expor títulos e novidades do mercado literário. “A feira começou a ser pensada e planejada no mês de março deste ano, e aproximadamente cinquenta pessoas trabalharam na sua realização. As novidades foram as oficinas que buscavam uma maior interação com os alunos; um exemplo disso é a Oficina de Olaria.”, afirmou Hivellyse Rodrigues Quint, bibliotecária do Colégio Catarinense.

Na abertura do evento, que aconteceu na manhã desta quarta-feira, o Diretor-geral do Colégio Catarinense, Padre Mário Sündermann, SJ, saudou a todos os presentes na cerimônia de abertura da Feira do Livro e a todos os envolvidos na organização do evento. “A feira é uma forma de mergulhar no universo da literatura e, através disso, descobrir novas formas de ler, compreender e viver a realidade. A literatura nos faz compreender a nossa realidade, pois fazemos parte de uma tradição, bebemos de uma cultura, somos um pouco dos nossos pais e dos nossos antepassados. Assim, à medida que entendermos isso, será mais fácil entender a nós mesmos”.

  

    

Nessa oportunidade, foi feita uma homenagem ao ex-aluno, o artista plástico, poeta e escritor C. Ronald, que visivelmente se mostrou emocionado. “Eu não imaginava isso (pausa). Fui convidado apenas para comparecer ao evento. Foi uma surpresa. Estou realmente sem palavras. Entrei no Colégio Catarinense muito novo e, sempre que era convidado, ajudava os padres em muitas atividades do Colégio e da igreja”.

                      

O ambiente da exposição foi decorado com uma cortina colorida composta por mais de 500 tsurus, os pássaros de papel que representam boa sorte, felicidade e saúde. Ao atravessarem essas centenas de origamis, os visitantes da 4ª edição da Feira do Livro do Colégio Catarinense entram em um corredor chamado “Varal Literário” e, então, mergulham em uma viagem cheia de emoção, criatividade, arte e alegria.

             

Além da exposição dos livreiros, a Feira oferece diferentes propostas de interação com o universo da leitura, tais como momentos de contação de histórias, oficinas diversificadas e encontro com escritores. Um dos destaques é a exposição de quadros do artista plástico catarinense Hassis sobre personagens de histórias em quadrinhos que são verdadeiros heróis. Denilson Antonio é arte-educador da fundação Hassis e, durante a feira, oferecerá oficinas aos alunos.

Nesse clima de interação, diversas são as oportunidades de aprender algo novo. Assim, no estande do Museu do Homem do Sambaqui, por exemplo, além de os visitantes poderem conferir diversas inscrições rupestres, também poderão conhecer os tipos de pedras usadas como ferramenta de trabalho pelos índios.

Além disso, na Oficina de Olaria, uma das mais disputadas pelas crianças, é possível manusear a argila. Através de uma experiência bastante rica, os visitantes da Feira têm a oportunidade de conhecer o processo de produção da louça artesanal, o que, de acordo com o senhor Pedro, oleiro convidado a participar do evento, constitui uma rica maneira de explorar a criatividade e entrar em contato com o trabalho do artesão.

Outra novidade na Feira deste ano foi o Museu do Lixo. Conhecido como “Neiciclagem”, Valdinei Marques é arte-educador, criador e coordenador do Museu do Lixo da Comcap, e também é um dos convidados a participar da Feira do Livro. O museu fará dez anos no próximo dia 25 e foi criado para mostrar o que é encontrado no lixo. Muitas peças de suas peças são emprestadas para filmes de longa-metragem, curta-metragem, festas temáticas e seminários. “Por semana, cerca de quinhentas pessoas visitam o museu para trabalhar a educação ambiental, no intuito de despertar a sensibilidade. Eu penso que aquele que não consegue ser sensibilizado não consegue ser educado. Um bom começo é cada um cuidar bem de si, depois da família, da casa, do bairro, da cidade e por aí vai. Sem perceber, esse ser humano cuidará, também, do meio ambiente.”, compartilhou Nei.

Vale lembrar que, mesmo com uma programação tão diversificada, os livros continuam sendo a atração principal da Feira. Há quatro anos, Geyson Serafim, da Livraria Zen, participa da feira e diz que o momento mais gratificante é o contato direto com os alunos: “Observando as crianças, percebemos do que elas gostam e pelo quê se interessam. Mesmo algumas idades sendo próximas, as escolhas pelos livros são bem diferentes”.